29 de janeiro de 2018

O modelo da Islândia que o resto do mundo ignora


Actualmente, a Islândia está no topo da tabela europeia no que diz respeito à percentagem de adolescentes com hábitos saudáveis. A percentagem de miúdos entre os 15 e os 16 anos que ficaram embriagados no mês anterior desceu a pique, de 42 por cento em 1998 para 5 por cento em 2016. Os que já experimentaram canábis passaram de 17 para 7 por cento. Os que fumam tabaco todos os dias passaram de 23 para apenas 3 por cento.

Conseguiram tudo isto porque alteraram a forma como enfrentaram o problema: em vez de campanhas sobre os malefícios do álcool, drogas e tabaco a que ninguém prestava atenção e não tinham qualquer efeito prático, resolveram investir em alternativas saudáveis. 


Percebendo que as pessoas estavam a ficar viciadas nas alterações químicas do cérebro, apostaram em desenvolver um movimento social em torno das ‘pedradas naturais’, da ideia de que é possível atingir esse estado alterado através da química cerebral de cada um, com alternativas saudáveis.


"As pessoas podem ficar viciadas em álcool, carros,dinheiro. sexo, calorias,cocaína - seja o que for". O objectivo focou-se na ideia de dependência comportamental


Em vez de se focarem no tratamento das dependências, ensinavam-lhes qualquer coisa que gostassem de aprender, música, dança, hip hop, artes marciais ou qualquer outro desporto. A ideia era que estas aulas diferentes podiam provocar alterações na química cerebral dos miúdos, e dar-lhes aquilo de que precisavam para estar melhor no mundo: alguns podiam estar à procura de maneiras de reduzir a ansiedade, outros de emoções fortes, mas todos procuravam essa  dependência da alteração química.


Mudaram as leis, proibindo a compra de tabaco a menores de 18 anos e álcool a menores de 20 e a publicidade ao tabaco e álcool foi proibida. A ligação escola-pais foi reforçada e tornou-se obrigatória a criação de associações de pais e os pais eram incentivados a ir a palestras sobre a importância de passar uma quantidade significativa de tempo com os filhos, mais do que “tempo de qualidade” esporádico, de falar com os filhos sobre as suas vidas, de saber quem eram os amigos dos filhos e de fazer com que eles passassem as noites em casa.


As associações de pais propuseram a criação de acordos que os pais deveriam assinar.  O conteúdo dos acordos variava de acordo com a faixa etária, e cada associação pode decidir o que é contemplado. Para os miúdos com mais de 13 anos, os pais podem comprometer-se a seguir todas as recomendações como, por exemplo, a não permitir que os filhos façam festas sem a supervisão de adultos, a não comprar bebidas alcoólicas a menores e a estar atentos ao bem-estar das outras crianças.


Estes acordos educam os próprios pais, mas também ajudam a fortalecer a sua autoridade em casa, defende Hrefna Sigurjónsdóttir, directora do Casa e Escola. “Assim torna-se difícil usar a desculpa mais velha do mundo: ‘Mas os outros pais deixam!'”


Os resultados estão à vista, entre 1997 e 2012, a percentagem de miúdos entre os 15 e os 16 anos que dizem passar todos ou quase todos os dias da semana com os pais duplicou – de 23 para 43 por cento – e a percentagem que participa em actividades desportivas organizadas pelo menos quatro vezes por semana aumentou de 24 para 42 por cento. Entretanto, o consumo de tabaco, bebidas alcoólicas e cannabis nesta faixa etária desceu a pique.


Pode ler o artigo completo aqui







23 de janeiro de 2018

O tabaco, sempre o tabaco!



No último dia do ano passado, um familiar chegado deu entrada no hospital, vitima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ficou internado no serviço de neurologia de um grande hospital público e a unidade onde ficou estava completamente lotada, todos, sem excepção, vitimas de AVC, com diferentes graus de mazelas: uns em coma, outros com dificuldades motoras graves, com um ou ambos os lados afectados, com braços e pernas paralisados, com dificuldade em comer e/ ou falar e com diversos danos cognitivos. Idades diversas, ambos os géneros e apenas um denominador comum - todos FUMADORES.

É incrível como todos sabemos dos malefícios do tabaco e mesmo assim continuamos a consumir este veneno, como se fossemos impunes aos seus nefastos efeitos, como se as coisas más só acontecessem aos outros. Infelizmente, não é assim, como bem descobriu o meu irmão.

Fico feliz por hoje em dia me assumir como ex fumadora. Foi uma decisão tomada há 3 anos, depois de algumas falsas tentativas, que me deixa mesmo muito feliz.




21 de janeiro de 2018

Mindfulness



Iniciei este mês um curso de Mindfulness que está a ser sensacional e me tem permitido experienciar a vida de uma forma totalmente nova. Nunca pensei vir a sentir o chão que piso da forma como o sinto e desacelerar o ritmo diário de  maneira tão intensa. Vale mesmo a pena!


20 de janeiro de 2018

Regressando



E assim assinalo o meu regresso a este cantinho... estava já com saudades de escrever e manter contacto.