12 de outubro de 2016

Sonhar


Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:
“Que tamanho tem o universo?”
Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu:
“O universo tem o tamanho do seu mundo.”
Perturbada, ela novamente indagou:
“Que tamanho tem meu mundo?”
O pensador respondeu:
“Tem o tamanho dos seus sonhos.”
Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Os sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são frágeis, sua comida não terá sabor, suas primaveras não terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção não terá romances. A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, faz dos idosos,  jovens, e a ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos. Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades. Sonhe!
– Augusto Cury –


Augusto Cury
 

5 de agosto de 2016

Plano de trabalho


Para implementar já.
"1. Faça o que é certo, não o que é fácil. O nome disso é Ética.
2. Para realizar coisas grandes, comece pequeno. O nome disso é Planejamento.
3. Aprenda a dizer 'não'. O nome disso é Foco.
4. Parou de ventar? Comece a remar. O nome disso é Garra.
5. Não tenha medo de errar, nem de rir dos seus erros. O nome disso é Criatividade.
6. Sua melhor desculpa não pode ser mais forte que seu desejo. O nome disso é Vontade.
7. Não basta iniciativa. Também é preciso ter 'acabativa'. O nome disso é Efetividade.
8. Se você acha que o tempo voa, trate de ser o piloto. O nome disso é Produtividade.
9. Desafie-se um pouco mais a cada dia. O nome disso é Superação.
10. Pra todo 'game over', existe um 'play again'. O nome disso é Vida".


2 de agosto de 2016

”O verdadeiro valor do anel”

 
Todos precisamos do amor e aprovação dos outros, mas muitas vezes vivemos apenas em função disso e se essa aprovação não chega sentimo-nos desmoralizados e sem préstimo. Esta história de Jorge Bucay pode ser um bom ponto de partida para uma reflexão mais profunda sobre isto.

É uma história sobre um rapaz que procurou um sábio em busca de ajuda

- Venho até cá, mestre, porque me sinto tão tacanho que não tenho vontade de fazer nada. Dizem-me que não presto, que não faço nada bem, que sou lento e estúpido. Como posso melhorar?Que posso fazer para que as pessoas me valorizem mais?
 O mestre, sem olhar para ele, disse: 
- Lamento muito, rapaz, mas não posso ajudar-te. Primeiro, tenho de resolver o meu próprio problema. Talvez depois…- E fazendo uma pausa, acrescentou:  - Se tu me quiseres ajudar, eu poderia resolver este assunto mais depressa e talvez depois te possa ajudar.  
- Com todo o prazer, mestre  - gaguejou o rapaz, sentindo novamente que estava a ser desvalorizado e que as suas necessidades eram adiadas.  
- Bom continuou o mestre, tirando um anel que trazia no dedo mindinho da mão esquerda. Dando-o ao rapaz, acrescentou:  - Pega no cavalo que está lá fora e vai ao mercado.Tenho de vender este anel porque preciso de pagar uma divida. Tens de obter por ele a maior quantia possível e não aceites menos do que uma moeda de ouro. Vai e volta com a moeda o mais depressa que puderes.

O jovem pegou no anel e partiu. Assim que chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos comerciantes, que o fitavam com interesse até o jovem dizer quanto queria por ele.

Sempre que o rapaz mencionava a moeda de ouro, alguns riam-se outros viravam-lhe a cara e só um velhinho foi suficientemente amável e se deu ao trabalho de lhe explicar que uma moeda de ouro era demasiado valiosa para ser trocada por um mero anel. Alguém, desejoso de ajudar, ofereceu-lhe uma moeda de prata e um recipiente de cobre, mas o jovem tinha ordens para não aceitar menos do que uma moeda de ouro e, como tal, rejeitou a oferta.  
Depois de oferecer a jóia a todas as pessoas que se cruzaram com ele no mercado, que foram mais de cem, e abatido pelo seu fracasso, o rapaz montou no cavalo e regressou para junto do sábio.  
Ele ansiava por uma moeda de ouro para entregar ao mestre e libertá-lo da sua preocupação, de modo a poder receber finalmente o seu conselho de ajuda.

Entrou no quarto do sábio.  
- Mestre – disse -, lamento muito. Não possível fazer o que me pedes. Talvez tivesse conseguido arranjar-te duas ou três moedas de prata, mas não creio conseguir enganar as pessoas quanto a verdadeiro valor do anel.  
- O que disseste é muito importante, meu jovem amigo – respondeu o mestre, sorridente. – Primeiro, temos de conhecer o verdadeiro valor do anel. Torna a montar no teu cavalo e vai ao ourives. Quem melhor do que ele para nos dizer o valor? Diz-lhe que gostavas de vender a jóia e pergunta-lhe quanto te dá por ela. Mas não importa o que ele te ofereça: não lho vendas. Volta com o meu anel.

O jovem tornou a cavalgar.  
O ourives inspeccionou o anel à luz da candeia, observou-o à lupa, pesou-o e respondeu ao rapaz: -Diz ao mestre, rapaz, que, se o quiser vender agora mesmo, não lhe posso dar mais do que cinquenta e oito moedas de ouro pelo seu anel.  
- Cinquenta e oito moedas?! – exclamou o jovem 
- Sim – replicou o ourives. – Eu sei que, com o tempo, poderíamos obter por ele cerca de setenta moedas, mas se a venda é urgente…

O jovem correu, emocionado, para casa do mestre, ansioso por lhe contar a novidade. 
- Senta-te – disse o mestre depois de o ouvir:  - Tu és como esse anel: uma jóia valiosa e única. E, como tal, só podes ser avaliado por um verdadeiro perito. Porque é que vives à espera que qualquer pessoa descubra o teu verdadeiro valor?

E, dito isto, tornou a pôr o anel no dedo mindinho da sua mão esquerda.

O primeiro passo é ser o seu próprio perito e valorizar-se convenientemente. Só depois disso pode e deve exigir a valorização alheia


29 de julho de 2016

Co dependência




Ser co dependente é manter uma dependência emocional a uma ou mais pessoas.
 
Algumas características comuns aos co dependentes: 
São em geral pessoas de natureza passiva/agressiva,
Oriundos de famílias emocionalmente perturbadas,
Desde a infância quiseram consertar as coisas que estavam erradas na vida dos outros à sua volta,
Predisposição para se responsabilizarem e culpar por problemas,
A sua personalidade está enraizada na vergonha “tóxica” (auto-conceito negativo), não são merecedores de confiança e amor,
Perfeccionistas,
Dependentes do “amor”, do elogio e da aprovação do outro,
Acreditam que sabem melhor (controlo) e que aguentam mais (tolerância à dor) do que os outros em determinadas situações e crises dentro da relação
Mentem para si mesmos, iludindo-se, afirmando  "Amanhã, as coisas estão melhores..."
Duvidas sobre a felicidade no futuro ou se algum dia encontram o verdadeiro amor
Sentem dificuldades em se relacionar com pessoas (intimidade e compromisso), em se divertir e ser espontâneas,
Alteração bruscas do humor. Entre um tipo de atenção carinhosa para uma pessoa deprimida e/ou agressiva
Com o passar dos anos vão se sentindo cada vez mais infelizes, deprimidos, ansiosos e isolados. Culpam o mundo à sua volta.
Distúrbio alimentar (bulímia, anorexia e compulsão alimentar), stress e fatiga crónico, desenvolvem outro tipo de adicção drogas lícitas, incluindo o álcool e os tranquilizantes (benzodiazepinas), e/ou ilícitas, shoplifting - furto, shopaholics - compras.

Esta doença do comportamento de uma forma genérica está associada ao abuso/negligência infantil. A co dependência afecta o indivíduo em cinco vertentes:
1- Baixa auto-estima;
2- Estabelecer de limites saudáveis nos relacionamentos de intimidade;
3- Reconhecer e assumir sua própria realidade disfuncional (negação e ilusão);
4- Assumir a responsabilidade em gerir as suas necessidades adultas (atitudes, emoções e comportamentos);
5- Identificar e expressar suas emoções de forma moderada (ex. raiva, ressentimento, medo, culpa e vergonha).

Em algumas famílias co dependentes o desenvolvimento das crianças é afectado porque o sistema familiar (homeostase) é caótico.

Em Portugal existem os grupos ajuda mutua, como por ex. grupos para famílias de alcoólicos onde se discute e apoia os familiares e pessoas significativas designados de (Famílias Anónimas e Al-Anon ).
Tal como em todas as adições é importante identificar padrões de comportamentos potenciadores de sofrimento a médio e longo prazo. Em muitos casos, já não é possivel interromper esta escalada de crises sistematicas e progressivas com promessas irreais e novos alibis, é preciso consultar um profissional experiente ou alguém significativo que consiga apoiar no processo de mudança (confiança e esperança) de um novo modos de vida.

Não é a mudança que é difícil, mas a nossa resistência à mesma

 
BibliografiaBeattie,Mellody – Vencer a Co-dependencia. Publicações Sinais de Fogo 2005
Cermak,T.L.- Diagnostic criteria for Codependency- Journal Of Psychoatctive Drugs. 18(1):15-20, 1986,
citado por Mellody , Pia.- Facing Codependence, Harper & Row, Publishers, San Francisco ,1989.
Mellody , Pia.- Facing Codependence, Harper & Row, Publishers, San Francisco ,1989.


27 de julho de 2016

David Sonboly - a culpa do psi


Ali Sonboly, o responsável pelo ataque desta sexta-feira em Munique, tinha 18 anos e era alemão de origem iraniana. Suicidou-se após matar nove pessoas, cinco das quais menores de idade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/divulgada_foto_do_terrorista_de_munique.html
Ali Sonboly, o responsável pelo ataque desta sexta-feira em Munique, tinha 18 anos e era alemão de origem iraniana. Suicidou-se após matar nove pessoas, cinco das quais menores de idade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/divulgada_foto_do_terrorista_de_munique.html
Ali Sonboly, o responsável pelo ataque desta sexta-feira em Munique, tinha 18 anos e era alemão de origem iraniana. Suicidou-se após matar nove pessoas, cinco das quais menores de idade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/divulgada_foto_do_terrorista_de_munique.html
Ali Sonboly, o responsável pelo ataque desta sexta-feira em Munique, tinha 18 anos e era alemão de origem iraniana. Suicidou-se após matar nove pessoas, cinco das quais menores de idade.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/divulgada_foto_do_terrorista_de_munique.html
 

A história já é conhecida.
David Sonboly, um jovem de 18 anos, pega numa arma e mata indiscriminadamente várias pessoas suicidando-se de seguida. Em 2015, esteve dois meses internado numa instituição psiquiátrica, onde continuou a ser seguido enquanto paciente externo.
Ao que parece estava em tratamento psiquiátrico por ansiedade e depressão e tinha remédios em casa, mas não se sabe se os tomava.

As autoridades alemãs afirmam também que existe uma “relação óbvia” entre o atirador e o assassino norueguês, Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas a 22 de julho de 2011, há precisamente cinco anos. Durante as buscas feitas à casa onde vivia com os pais, a polícia encontrou no quarto do jovem recortes de artigos sobre ataques, um dos quais intitulado “Why do students kill?” (Por que razão os estudantes matam?)

Vivia obcecado por tiroteios destrutivos, visitou, no último ano, a cidade de Winnenden, onde em 2009 ocorreu um tiroteio numa escola, e tirou fotografias, revela a BBC. Nesta localidade, Tim Kretschmer, assassinou 15 pessoas do seu antigo colégio em 2009.

Foi vitima de bullying e ameaçou por diversas vezes os colegas de morte. 

É este o resumo de mais um ataque levado a cabo por alguém que estava a ser seguido em psiquiatria e que me leva a questionar o que terá falhado nesse seguimento, mas hoje não me vou focar no que eventualmente falhou porque não tenho dados suficientes para análise, mas  no que sente quem o seguiu. A dúvida que me invade é como é que alguém, técnico de saúde mental, sobrevive depois de um paciente seu cometer um acto deste tipo.  Que dúvidas, medos, inquietações o atormentam neste momento? Será que se sente em paz ou em conflito com as escolhas feitas? De que modo poderia ter alterado este sangrento desfecho?

Pensar que a responsabilidade é sua (ainda que não o seja, claro!) é o normal. Achar que não se fez tudo o que se podia ou que se se tivesse feito diferente teria tido melhor, também, mas a verdade, salvo algumas excepções, é que os profissionais de saúde mental, quando tomam uma decisão referente a medicação, internamento, diagnóstico, alta ou intervenção terapêutica, fazem-no em consciência e com imensa responsabilidade. Nada é feito de animo leve ou despreocupadamente exactamente porque toda e qualquer decisão comporta riscos e temos sempre de avaliar e antecipar as possíveis consequências. Lidamos com o Ser Humano na sua vertente mais desconhecida, com especificidades e loucuras diferentes, com vontades e descontrolos, impulsos e zangas, recalcamentos e frustrações, com mágoas profundas que mal geridas têm infelizmente resultados desastrosos e, por isso, acredito que os meus colegas são conscienciosos e profissionais como lhes é exigido. Lidamos com a vida e a morte e ter essa consciência é fundamental para termos o máximo cuidado naquilo que fazemos

Saber que se fez tudo o que se podia, não descarta a culpa e o remorso. O questionamento e a dúvida permanente devem fazer parte do nosso dia a dia. Acompanhar os doentes é um desafio e lidar com as consequências dessa intervenção é um desafio acrescido. Se o primeiro é muitas vezes partilhado por uma equipa multidisciplinar, o segundo é vivenciado e gerido individualmente. É também por isto que esta é uma profissão de intenso desgaste emocional




25 de julho de 2016

Pedir ajuda

 

Pedir ajuda não é para todos, é um acto reservado apenas aos mais corajosos.
Quando pedimos ajuda há uma sensação de angústia interna que está relacionada com vários medos e inseguranças básicas:

- medo de falhar
- de ser fraco
- de ouvir um não
- de ser julgado
- orgulho ferido

Justamente no momento de aflição, em que existe algum problema para resolver, pedir auxilio acarreta esta série de sentimentos negativos e a grande maioria das pessoas fecha-se em si mesmo e tenta resolver a problemática sozinha. Até porque, no caso de ser bem sucedido na sua resolução, não terá de partilhar o sucesso com mais ninguém. Nada mais errado e insensato, mas difícil de ser interiorizado e mais difícil ainda de se por em pratica. Pedir ajuda é um acto que na maioria das vezes tem de ser treinado.

- é um acto de humildade
- de confiança
- de respeito

Toda a gente fala da gratificação que sente quando ajuda mas não compreende a gratificação que perde porque não foi capaz de pedir ajuda.
Ajudar é bom e ser ajudado não é pior. Dê a alguém o beneficio da dúvida e da próxima vez que precisar estenda a mão, vai se surpreender com o resultado e pode ser que se vá tornando cada vez mais fácil esse comportamento. Experimentar não custa

22 de julho de 2016

Miguel no seu melhor # 5


Explicava ao Miguel o cuidado que é preciso ter com os  cabos que alimentam os diversos aparelhos electrónicos que usa, depois de ter comprado três num curto espaço de tempo:
- tens de procurar ter mais cuidado com os fios, não os podes arrancar da tomada à bruta
- eu tenho, mãe. aquela ficha tinha dois anos
- se tiveres cuidado eles duram uma vida
- a vida daquele era dois anos



Voltámos ao Torneio McDonald´s # 3

Este ano representámos a Espanha. Tínhamos uma claque vestida a rigor e até uma música para acompanhar. Usurpámos, sem qualquer pudor, "Y Viva España" e catámos afinados (not) até nos cansarmos. Divertimo-nos a valer!



 

SER Feliz


Meu avô dizia: para ser feliz, a gente não precisa sair do lugar, a gente tem que ser o lugar. Ele me advertia com seu olhar de madrepérola. Eu não entendia. Ser feliz para mim era sair de casa, depois da cidade e, se possível, do país.
 Acreditava que quanto mais longe do início mais perto do final. Julgava a independência um modo de fugir. Descobri que estava errado. Quanto mais longe do final mais perto do começo. Nada mais alto, banal e humano do que dizer: “eu sei ser feliz”. Dor, susto e tragédia, a gente já nasce sabendo. Saber ser feliz exige décadas para entender e, ao mesmo tempo, pede tão pouco. Basta um ter o outro. Ficar horas conversando abraçados. Não depender de lugares famosos, de restaurantes, de aventuras exóticas para contar depois. 
A felicidade é uma impressão, uma intensidade, que não há como descrever para os amigos. Muitas vezes, se vive somente para relatar o quanto nossa vida é impressionante, mas lá no fundo persiste uma mágoa desconfiada de não vivermos o que realmente desejamos. O que desejamos não se diz, se arde.
Saber ser feliz é se deliciar com bobagens e lembranças, brincadeiras e com a proximidade do corpo. Não deixar o corpo ser apenas um corpo.
Autor desconhecido.

20 de julho de 2016

Mundo louco



Resumo das (insanas) orientações nutricionais e de saúde nos últimos 40 anos:
1- Passe o dia fazendo exercício, de preferência correndo muito, igual um hamster;
2- Coma pouco ou quase nada;
3- Se você ainda teimar em comer algo, dê preferência aos "alimentos" que não existiam há 100 anos (trigo modificado com 8 a 9 vezes mais glúten, industrializados low fat, óleos refinados de sementes);
3- Fuja do sol como se você fosse o Conde Drácula;
4- Se você ficar doente e engordar, a culpa é sua que não seguiu os passos 1, 2 e 3 corretamente, seu indulgente preguiçoso

21 de junho de 2016

O leão e seu reflexo


Uma história muito bonita, com uma moral que o deixará pensando sobre a maneira como você pode enfrentar seus problemas e dar o tão temido primeiro passo, necessário para que possamos seguir em frente.
Certamente você já passou por uma situação onde um problema se transforma no ar que você respira, na comida que come, na roupa que veste… tudo gira em torno desse inconveniente e ele está presente a todo momento, em seus pensamentos e em suas emoções.
Preste atenção à história do leão:
Era uma vez um leão que vivia em um deserto. Lá, o vento soprava muito forte, e por isso a água das lagoas onde todos os animais bebiam nunca ficava parada. As potentes rajadas ondulavam a superfície das lagoas e nada nunca se refletia nelas.
Um dia, o leão entrou no bosque onde costumava caçar e, em seu tempo livre, brincar, até que se sentiu cansado e com dede. Procurando água, chegou a uma lagoa que continha o líquido mais fresco, tentador e suave que nunca ninguém pode imaginar.
O leão se aproximou da lagoa, estendeu o pescoço e tentou beber um bom gole. De repente, viu seu próprio reflexo e se assustou ao pensar que se tratava de outro leão que estava na sua frente.
“Essa água deve pertencer a outro leão, melhor eu sair daqui, com muito cuidado”, pensou o animal. Retrocedeu, mas, então, a sede o fez voltar novamente para a lagoa. Outra vez, viu a cabeça de um temível leão com uma grande juba que devolvia o olhar desde a superfície da água.
O leão dessa história se agachou à espera do momento oportuno para afugentar o “outro leão”. Como estava acostumado a fazer para marcar seu território ou demonstrar que se encontrava em seu lugar, abriu seu enorme maxilar e deu um terrível rugido. Mas, é claro, assim que mostrou seus dentes, a boca do “outro leão” também se abriu; o que pareceu uma terrível e perigosa visão para o nosso leão…
Uma e outra vez o leão se afastava, mas logo tomava coragem para voltar até a lagoa e sempre tinha a mesma experiência. Depois de um longo momento, contudo, estava tão sedento e desesperado que se decidiu: “Com ou sem outro leão, beberei dessa lagoa da mesma forma!” Assim que o leão mergulhou a cabeça na água… o “outro leão” desapareceu!

11 de maio de 2016

Coisas que detesto # 4


As etiquetas da roupa. Compro qualquer trapinho e as etiquetas de hoje para além de ásperas têm dois metros cada. E não vemos apenas uma etiqueta. Não! Hoje em dia menos de três etiquetas é impossível.e sinal de chinesice. Elas indicam tudo e mais alguma coisa: composição, tamanho, instruções de lavagem, de limpeza ou não a seco, de cores, gps, cheiro, em português, inglês, chinês, alemão e mil e uma tretas que ninguém precisa. Acho mesmo que aquilo só serve para o lixo. É uma das primeiras coisas que faço - cortar e deitar fora as etiquetas- mas isso deve ser por a roupa que compro não ser de marca, porque essas devem ter etiquetas de seda, acho eu.


9 de maio de 2016

Divórcio


Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E TRABALHO – é isso que salva casamentos e famílias.”

Fonte: Citações Arnaldo Jabor


6 de maio de 2016

Música da semana


Esquece tudo
Vem na vibe
E liberta a tensão
(Abre o sorriso
Me abraça
Me dá tua mão)
Só vivemos uma vez
Não vivas em vão
(O tempo voa do berço até ao caixão, irmão)
Essas rotinas fazem confusão
(Abre a tua mente
Segue o teu coração)
Se o que importa é o dinheiro e não a profissão
(Diz aí meu irmão)

Eu não faço questão
Não, não, não, não

E eu não faço questão
Não, não, não, não

Faço questão de viver
Como a minha alme me pede
Minhas medidas na vida
Não é o mundo que mede
Já fui ao fundo do poço
Para ver que o poço tem fim
Tirei a corda do pescoço e fiz um laço pra mim
Com esse laço lacei uma paixão que voava
Me apaixonei pela vida e pelo que ela me dava
Então voei, viajei
Pus o mundo na minha sola
E é giro como eu giro o mundo
A cada passo enquanto a vida rola
Rola a bola rumo á meta
Transpiro, sou um atleta
Inspir,o sou um poeta
E sou tudo o que eu quero ser
Não paro porque a vida é feito
Andar de bicicleta e respirar
Não é preciso
É preciso viver

Esquece tudo
Vem na vibe
E liberta a tensão
(Abre o sorriso
Me abraça
Me dá tua mão)
Só vivemos uma vez
Não vivas em vão
(O tempo voa do berço até ao caixão)
Essas rotinas fazem confusão
(Abre a tua mente
Segue o teu coração)
Se o que importa é o dinheiro e não a profissão
Diz aí meu irmão

Eu não faço questão
Não, não, não, não

E eu não faço questão
Não, não, não, não

Dizem que nasci no país errado
Nah balelas
Ninguém tem sol, praias, vinho e cidades daquelas
Eu rimo em português é como sinto
E confesso até podia fazer mais guita
Mas cenas destas não têm preço
Quero ter os meus bros perto
Isso é certo e minis, perto
Fazer da minha vida um beat
Seja o que Deus quiser
Living a vida loca
Só mais uma ninguém nota
Ter os meus palcos em família
Tudo boa onda
Não sou de modas
Quero por a cena toda à roda
E encontrar todos os dias uma gata nova
Tá tudo a falar de crises
Dificil entrar no bizz
Nah, não ponhas culpas nas culpas
Desculpas
Bitch, Please

Esquece tudo
Vem na vibe
E liberta a tensão
(Abre o sorriso
Me abraça
Me dá tua mão)
Só vivemos uma vez
Não vivas em vão
(O tempo voa do berço até ao caixão)
Essas rotinas fazem confusão
(Abre a tua mente
Segue o teu coração)
Se o que importa é o dinheiro e não a profissão
Diz aí meu irmão

Eu não faço questão
Não, não, não, não

E eu não faço questão
Não, não, não, não

Dizem que é da crise
Eu não percebo mas pronto
Um trabalho das 9 às 5
Para pagar as contas
São rotinas não são sinas
Não te estejas nas tintas
Vive os teus sonhos sem mentiras
Tenta ler nas entrelinhas
Mereces mais do que tens
Eu sei que a vida está dificil, Ok
Só não percas o sorriso
Gasta tempo contigo
Guarda tempo para a familia
Guarda tempo para os amigos
Então sai disso
Ouve isto e pensa um pouco
Que a vida é boa demais
Para só viver e pronto
Ponto final
Não há lições de moral
Tenta ser mais tu por ti
Tenta ser especial

Esquece tudo
Vem na vibe
E liberta a tensão
(Abre o sorriso
Me abraça
Me dá tua mão)
Só vivemos uma vez
Não vivas em vão
(O tempo voa do berço até ao caixão, irmão)
Essas rotinas fazem confusão
(Abre a tua mente
Segue o teu coração)
Se o que importa é o dinheiro e não a profissão
Diz aí então

Eu não faço questão
Não, não, não, não

E eu não faço questão
Não, não, não, não

O meu sorriso eu não economizo
Valeu D.A.M.A
Sorriso dividido é sorriso lembrado
E é bom lembrar!

5 de maio de 2016

A demissão da formiga desmotivada


"Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefónicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial...
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer uma pesquisa de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as finanças, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida."

Autor desconhecido


2 de maio de 2016

O problema é a gaiola


Já ouviram falar em Rat Park? Foi um estudo sobre dependência de drogas realizado no final de 1970 (e publicado em 1980) pelo psicólogo canadense Bruce K. Alexander e seus colegas da Universidade Simon Fraser, no Canadá. A hipótese de Alexander era que as drogas não causam dependência, e que o vício aparente aos das drogas opiáceas comumente observados em ratos de laboratório expostos a ela é atribuível às suas condições de vida, e não a qualquer propriedade viciante da droga em si

A experiência é simples. Coloque um rato numa gaiola, sozinho, com duas garrafas de água. Uma delas tem só água. A outra tem água misturada com cocaína ou heroína. Em quase todas as vezes que se fizer essa experiência, o rato vai ficar obcecado com a água com drogas. Ele vai tomá-la até morrer.
A conclusão explica: "Se uma droga é tão viciante, nove de dez ratos de laboratório vão usá-la. E usá-la. E usá-la. Até à morte. É chamada cocaína. E ela pode fazer o mesmo com você".

Mas, nos anos 1970, um professor de psicologia de Vancouver chamado Bruce Alexander percebeu algo estranho nessa experiência. O rato está sozinho na gaiola. Ele não tem nada para fazer além de usar a droga. O que aconteceria se tentássemos algo diferente? Então Alexander criou o Rat Park. Tratava-se de uma área grande, 200 vezes maior do que uma jaula, cheia de brinquedos, túneis, perfumes, cores e, o mais importante, habitada por 16 ratinhos albinos. Ratos brancos, como humanos, são seres sociais – adoram brincar uns com os outros. Eles são muito mais felizes em grupo. Outros 16 ratinhos tiveram sorte pior – foram trancados nas jaulas tradicionais, sem companhia nem distração. Ambos os grupos tinham acesso livre a dois bebedores – um com água e o outro, morfina.

Os ratos engaiolados fizeram o que se esperava deles: drogaram-se até morrer. Mas os do Rat Park não. A maioria deles ignorou a morfina. Podendo escolher entre morfina e água, os ratinhos do parque no geral preferiam água. Mesmo quando os ratos do Rat Park eram forçados a consumir morfina até virarem dependentes, eles tendiam a largar o hábito assim que podiam. O consumo da droga entre eles foi 19 vezes menor do que entre os ratinhos enjaulados.

Ou seja, o problema não é a droga: é a jaula.
Hoje entende-se bem como funciona a química da dependência no cérebro. O centro da questão é um químico chamado dopamina, o principal neurotransmissor do nosso sistema de recompensa. Quando animais sociais ficam isolados e sem estímulos, seus cérebros secam de dopamina. Resultado: um apetite enorme e insaciável pela substância. Drogas – todas elas – têm o poder de aumentar os níveis de dopamina no cérebro, aliviando essa fissura. O nome disso é dependência.

Ou seja, não é a droga que causa dependência – é a combinação da droga com uma predisposição. E o único jeito de curar dependência é curar essa predisposição: dando a esse sujeito uma vida melhor, como Bruce Alexander fez com os ratinhos do Rat Park.

Hoje a maioria dos países desenvolvidos entendeu isso e criou políticas públicas de cuidado e acolhimento para resolver o problema da droga. O melhor exemplo disso é Portugal, que há apenas dez anos vivia uma emergência pública com um surto de dependência em heroína, e hoje é considerado inspiração para o mundo em termos de políticas de drogas bem sucedidas. O que Portugal fez foi abrir consultórios, com um atendimento de boa qualidade, que trata os dependentes com respeito, tenta enriquecer suas vidas, estimula o convívio social, incentiva-os a buscar ajuda, oferece-lhes ambientes tranquilos, acolhedores. Os resultados são bons, embora ainda haja muito a fazer.




1 de maio de 2016

Obrigada filhotes



 No dia da mãe não me interessam as prendas caras. O que mais gosto é dos braços deles no meu pescoço, dos beijos mais demorados do que o habitual e daqueles mimos que não espero. Adoro também sempre que me escrevem uma linhas num qualquer postal ou na dedicatória de um livro comprado a pensar em mim. Gosto das  surpresas. Hoje tive direito a 3 abraços apertados, 3 beijos bem demorado e 1 fabuloso gelado de banana que era divinal. O almoço e o passeio junto ao rio com filhos e netos foi o essencial de um dia perfeito. Não é preciso muito para se ser feliz.




26 de abril de 2016

Coisas que detesto # 2


Combinar um programa fantástico com uma amiga para sábado à tarde, planear tudo ao pormenor e duas horas antes ela ligar a desmarcar porque está doente.


22 de abril de 2016

Pai, de Fábio Jr

 É uma música linda que me emociona sempre que a oiço


Pai
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez

Pai
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz....

Pai
Pode crer
Eu tô bem eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer...

Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você

Pai
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida
Onde a vida só paga pra ver

Pai
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu

Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar

Pai
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz





20 de abril de 2016

Inscrição feita - MEDO!


Já me inscrevi para O Sintra Mountain Magic Trail.  Acredito que vai ser uma prova e aventura inesquecível, mas estou apavorada. É a primeira vez que me aventuro num trail e não sei o que esperar nem se vou conseguir fazer o percurso previsto dentro do tempo. Estou curiosa para saber como vou gerir esta ansiedade.

A descrição feita pela organização (em baixo) deixa antever um percurso fabuloso com paisagens incríveis. Quem se junta?

http://www.sintramountainmagictrail.com/
Vais ter a oportunidade de percorrer locais mágicos e encantados que são património mundial da UNESCO

Por onde vais passar?
-Vais passar começar na Vila de Sintra, Palácio da Vila, Quinta da Regaleira, Vila Sasseti, jardins do Palácio da Pena, Cruz Alta, Barragem da Mula, Lagoa Azul, Pedra amarela, Peninha, Anta Adrenunes, Cabo da Roca, Falésias das praias mais a ocidente da Europa, Praia da Ursa, Praia da Adraga, Praia Grande, Convento Capuchos, Monserrate, etc, etc
Vais passar e descobrir trilhos deslumbrantes, bosques mágicos, jardins luxuriantes, castelos encantados. Nas praias atlânticas vais passar por grutas, por pegadas de dinossauros e por falésias....assim como outros locais inigualáveis.
Não temos os 3.000 de altitude, nem temos os cumes brancos de neve;
Mas temos o “0” de altitude (mar atlantico) onde tu vais percorrer desde a Vila de Sintra aos topos das montanhas com Castelos mágicos, passando pelo 0 mts de altitude da praia mais a ocidente da europa, percorrerás trilhos inesquecíveis, e voltarás à Vila de Sintra
Talvez o mais bonito e diversificado Trail do Mundo
Isto não vai ser apenas mais um Trail...mas sim uma possibilidade UNICA de uma aventura em Trilhos e lugares magicos

" Percorrendo a bruma dos magicos Trilhos desta Montanha,
ir da Vila de Sintra até ao Mar...e voltar"

Este vai ser o "Sintra Magic Mountain Trail"

Dia 29 de Maio

Percursos e Distancias aproximadas
Mini Trail / Caminhada 10/15 kms
Trail 20/25 kms
Ultra Trail 55 kms


19 de abril de 2016

Coisas que detesto # 1



Ir ao supermercado atrás daquela promoção fantástica e encontrar a prateleira vazia.

Hoje foi assim que as encontrei.



18 de abril de 2016

A lenda do lobo bom X lobo mau


“Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.
Ele disse:
– A batalha é entre os dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é Bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
– Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:
– Aquele que você alimenta!”

Essa história é muito simbólica. Os dois lobos são as nossas emoções positivas e negativas. Essas nossas emoções são causadas pela nossa forma de pensar, portanto, o lobo que alimentamos é uma escolha nossa. Às vezes temos a impressão que o mundo nos virou as costas e que todas as coisas ruins só acontecem connosco, no entanto isso pode não ser uma verdade absoluta, mas sim a forma como nós percepcionamos os factos. Se pensarmos que as pessoas são ruins e que querem nos prejudicar, vemos o mundo com essas lentes e provavelmente encontraremos evidências que reforcem essa ideia, mesmo que ela não seja verdade. Essas ideias negativas nos proporcionarão emoções negativas de tristeza, raiva,vingança ….

No entanto, mesmo tendo vivenciado algo mau podemos entender que foi um azar, ou que as pessoas que nos proporcionaram algum mal, não o fizeram intencionalmente… Se pensarmos assim estaremos flexibilizando nossos pensamentos e alimentando o nosso lobo bom que nos trará emoções positivas. Essa atitude nos proporcionará um círculo virtuoso. Pensar bem nos faz sentir bem e agir bem. Que tal experimentar alimentar o lobo bom dentro de você?

14 de abril de 2016

Como manter o foco na dieta



Ao decidir começar uma dieta, a ideia normalmente parece algo promissor e estimulante nos primeiros dias. Entretanto, dependendo da maneira como esse desafio é encarado, a decisão dá lugar a um verdadeiro pesadelo, em que a única saída que se vê é jogar tudo para o alto e desistir.

1) Faça um diário e anote tudo o que come, como se sentiu após cada refeição, quantos quilos já eliminou, como foi o treino, como se sentiu após os exercícios, quais as dificuldades enfrentadas a cada dia, como as superou, quais foram as conquistas e falhas. Assim, fica mais fácil acompanhar e reconhecer o progresso, bem como identificar os pontos em que é preciso melhorar.

2) Pense nos erros cometidos nas dietas do passado e use-os como lições para recomeçar. Faça de cada novo dia, uma nova oportunidade de ficar mais próximo de seu objetivo. O que pode mudar hoje para chegar a sua meta?

3) Lembre-se que emagrecer requer tempo, afinal você demorou meses e, às vezes, até anos para engordar, portanto seja paciente. É preciso tempo para emagrecer e principalmente, incorporar novos hábitos alimentares a sua rotina.

4) Ao se sentir desmotivado, pergunte a si mesmo: De zero a dez, quanto emagrecer é importante para mim? Aproveite e reflicta também: porque quer emagrecer? Imagine como vai se sentir ao atingir a sua meta de peso.

5) Escorregar nas primeiras semanas da dieta é normal, afinal para se adaptar a nova rotina é preciso tempo. O importante é não tornar isso algo frequente. Se todos os dias sair da dieta e extrapolar as calorias consumidas, dificilmente terá os resultados que deseja na próxima pesagem. Exagerou? Não faça disso uma desculpa para exageros maiores, retome a dieta na refeição seguinte e se esforce para não acontecer novamente!

6) Quando a vontade de comer aquele doce ou atacar a geleira não sair da cabeça, mude o foco! Leia um livro, assista um filme, arrume a casa ou pratique exercício, dessa forma você ocupa a mente. Lembre-se que os alimentos podem trazer prazer e alívio momentâneo, mas não são a solução.

7) Estabeleça metas a médio e curto prazo para sua dieta. A longo prazo você chegará ao peso desejado, mas quais as pequenas mudanças que pode começar hoje que te ajudarão a chegar lá? Pode ser desde começar a caminhar ou entrar no ginásio, eliminar 2kg por mês,ou até reduzir o refrigerante para uma vez no mês. Cada meta atingida te deixará mais forte para buscar a próxima!

8) Seja realista e respeite seu corpo! Planear o impossível aumenta as chances de frustrações. Emagrecer para simplesmente ter um corpo igual ao da modelo famosa, nem sempre é possível dependendo da estrutura corporal. É como se uma pessoa que calça 37 esperasse entrar em um sapato 35. Seja menos crítico com sua forma corporal e respeite sua genética.

9) Quer desistir no meio da dieta? Pense em todos os hábitos saudáveis que já conquistou! Por exemplo, se antes ficava cansado só de subir escadas e agora consegue pedalar por horas, não há motivos para se orgulhar? Esse tipo de pensamento te ajuda a perceber que é capaz de mudar e traz à tona a vontade de seguir em frente!

10) Leia depoimentos, histórias e converse com pessoas que conseguiram emagrecer e alcançaram a reeducação alimentar. Essa troca de experiências ajudará a te inspirar, afinal se eles conseguiram você também pode!

11) Seguir firme na dieta pode ser mais fácil e divertido se estiver acompanhado. Conhece alguém que também quer emagrecer? Convide-o para a acompanhar. Juntos vocês poderão praticar exercícios, trocar receitas, dividir experiências e expectativas, sem falar que ainda terão quem puxar a orelha quando for preciso.

12) Evite adoptar uma postura radical. Encarar a dieta como algo restritivo, aumenta às chances de frustrações que comprometerão a adesão à dieta. Não é preciso recusar convites ou deixar de consumir aquilo que gosta. Dentro de uma alimentação saudável há espaço para todos os alimentos. Alguns precisam ser consumidos com maior frequência, outros somente de vez em quando. Manter o foco na dieta é determinante para evoluir na perda de peso, contudo, não pode ser o motivo para se declarar guerra à comida.

Dicas importantes de vários nutricionistas que vale a pena ler e reler.


13 de abril de 2016

Viver uma relação à distância


Nestes tempo de crise em que acontece o aumento da emigração, muitos casais têm inevitavelmente que se adaptar a viver relações à distância.Como em tudo, nas relações também não há regras e cada casal saberá o que funciona melhor para si, mas deixo algumas dicas que podem ajudar:

Tenha confiança: um relacionamento à distância deve ser baseado, essencialmente, na confiança. Mostre-se segura e sem medos
Seja positiva: tente não se focar nos elementos negativos e veja a parte boa: dessa forma, você tem mais tempo para se dedicar aos seus interesses e hobbies, por exemplo.
Evite o ciúmes:  a distância não deve levar-vos a abandonar a vida social. Evite as perguntas intermináveis e as suspeitas constantes porque isso vai  minar a relação. Conheça os amigos e AMIGAS dele porque isso irá diminuir o ciúme.
Faça visitas:  devem planear visitas um ao outro, certificando-se de que ambos estão empenhados na relação
Partilhe o dia a dia: não é  preciso fazer relatórios detalhados mas é importante compartilhar as novidades.
Use e abuse da tecnologia: conversar por SMS e pela internet é uma forma de amenizar a saudade e não gasta muito
Evitem discussões: É difícil discutir por mensagem ou telefone e esclarecer pontos de vista. É fundamental não arranjar discussões parvas.
Dê-lhe atenção: Ás vezes a vontade de falar é tanta que não lhe dá espaço.Ouça-o! Ele também quer partilhar
Faça-lhe uma surpresa: Não deixe de fazer uma surpresa à pessoa que ama. Existem maneiras de surpreender o seu parceiro. Experimente fazer uma visita surpresa,ainda que curta. Vai com certeza fortalecer a vossa relação.
Façam planos: Planeiem a vossa vida em conjunto a médio e longo prazo. Isso irá lembrar-vos qual o objectivo da separação
Seja fiel: Um dos pontos mais importantes das relações à distância é a fidelidade. Transmita segurança ao seu parceiro
Verbalize as saudades: Exprima o que sente. Sabe bem saber que alguém espera por nós com desejo



    12 de abril de 2016

    Slow food


    Para quem luta com excesso de peso fica aqui uma dica.

    O American Journal of Clinical Nutrion publicou um estudo em que revela que quando comemos de forma inconsciente porque estamos distraídos com qualquer outra coisa,como quando vemos televisão, por exemplo, temos tendência para ingerir mais calorias. O mais grave é que essa ingestão não se dá apenas naquele momento, mas também horas depois,potenciado o aumento de peso.

    Para evitar esse fenómeno, devemos tornar o acto de comer um acto consciente. Idealmente, sentados à mesa, sem a televisão ligada ou qualquer outro tipo de distracção, sem pressa, relaxados,mastigando e saboreando os alimentos para  que o cérebro reconheça o acto e o processe devidamente.


    11 de abril de 2016

    Quem te ama



    Quem te ama deve conseguir retirar o melhor de ti.
    Quem te ama não concorda sempre contigo mas apoia-te e caminha a teu lado mesmo quando não comunga da mesma opinião.Quem te ama não te diz só coisas bonitas nem te elogia a toda a hora só porque sim. Quem te ama conhece  as tuas fragilidades e ama-te apesar delas. Quem te ama arrisca o desconhecido, luta contra preconceitos e constrói sonhos por ti, para ti e sempre contigo.
    Quem te ama dá~te colo e um ombro para chorar mas não te deixa ficar no chão quando a vida te prega uma rasteira. Quem te ama consegue ser a força que te falta. Quem te ama espicaça-te, confia e acredita em ti e não te deixa ser menos do que és. Quem te ama grita, zanga-se e diz que não. Quem te ama chateia e não faz o que tu queres mas sim o que precisas.Quem te ama preenche o que te falta. Quem te ama vê a dor escondida  onde os outros vêm apenas o sorriso.

    8 de abril de 2016

    Sabe com quem está falando


    O Homem é um cadáver adiado . definição de Fernando Pessoa que serve de mote a uma explicação sobre a insignificância da pessoa, de qualquer pessoa, por muito em conta que ela se tenha. Somos mesmo um minúsculo grão de areia.

    7 de abril de 2016

    Psicoterapia



    A psicoterapia é um percurso que assusta. Quem procura auxilio normalmente está a atravessar um mau momento na vida, está em sofrimento psicológico e o inicio das sessões acarreta sentimentos contraditórios e ainda mais assustadores. Por ser algo desconhecido e perante alguém que nunca se viu e a quem é suposto contar-se episódios e situações que causam dor e ansiedade, é por si só um momento de intranquilidade. Há 10 coisas que costumo dizer às pessoas que me procuram e que decidem iniciar uma psicoterapia comigo.

    1- A psicoterapia é um processo longo, assustador mas não é solitário. É uma caminhada que se inicia quando se pede ajuda mas que é percorrida a dois - eu estarei sempre lá!

    2- Vai apetecer-lhe desistir. Há dias em que a vontade de desistir vai ser grande mas é fundamental que não o faça e que invista no processo.

    3 - O percurso é doloroso, falaremos de pessoas e situações que mexem com emoções negativas mas é importante que não fuja desses temas porque mais cedo ou mais tarde teremos mesmo de falar delas. E, quando um tema for muito doloroso, deve dizer-mo, sem receio porque eu não adivinho.

    4 - Vai zangar-se muitas vezes comigo.A imagem que se tem do psicoterapeuta é de alguém compreensivo e bondoso mas muitas vezes serei o oposto, vou confrontá-lo e obrigá-lo a assumir as responsabilidades que lhe são devidas e isso fará com que se zangue comigo e lhe apeteça até bater-me e insultar-me. Faça-o.

    5 -Às vezes, quando vai a caminho, acha que não tem tema de conversa. Não faz mal,vá na mesma. É quando relaxa e não racionaliza demais antecipadamente  que se abre espaço mental para os maiores saltos no processo.

    6- Com o decorrer da psicoterapia, vai dar-se conta que por vezes pensa em mim e nas nossas conversas. Isso é bom e apenas significa que se sente segura e confiante comigo.

    7 - Não tem sempre de concordar com o que digo. É saudável que exprima desacordo porque não sou  dona da verdade nem vivi a sua vida.

    8 - Vai levar TPCs. Há fases em que é necessário trabalhar fora do consultório e às vezes isso vai-lhe ser pedido. Invista tempo e esforço nessas tarefas.

    9 -A pessoa importante na sala é você não eu. É um tempo e espaço apenas seu, aproveite-o com aquilo que é realmente essencial para si.

    10 - Pode desistir do processo quando entender. Não temos nenhum contrato vitalício e continua a ser dono da sua vida e vontade e o importante é sempre a forma como se sente.





    6 de abril de 2016

    Desistência



    Significado de desistência. O que é desistência: S.F. Ato de desistir de algo ou de alguém. Abandono, abdicação, renúncia.

    Não sou daqueles que acha  que nunca se deve desistir. Ás vezes a desistência pode ser a decisão mais acertada. No entanto, para que você não se arrependa de desistir prematuramente dos seus objetivos ou dos esforços já realizados, e deitar tudo a perder, importa pensar e agir de forma mais racional.

     Quando iniciamos qualquer projecto seja ele uma dieta, uma mudança de vida, aprender uma língua estrangeira, estabelecer novas amizades, um novo estilo de vida, um desporto, um novo negócio ou outra coisa qualquer, costumamos iniciá-los cheios de energia e motivação mas com o passar do tempo, principalmente se não obtivermos os resultados expectáveis de imediato, pensamos em desistir. Ficam aqui meia dúzia de dicas para pôr em prática e tornar a desistência um acto reflectido.

    - Estabeleça metas realistas. Para atingir um objectivo procure dividir em pequenas fases e definir metas atingíveis. Se o objectivo for muito difícil ou demorar demasiado, aumentamos a probabilidade de desistir do que nos propusemos fazer.

    - Sempre que atingir uma dessas metas intermédias, congratule-se e se for caso disso premeie-se com algumas palavras de incentivo e auto motivação.

    - Quando pensar em desistir, lembre-se porque é que começou, isso vai ajudá-lo a focar-se de novo no processo e no objectivo. 

    - As coisas têm tendência a piorar antes de melhorar. Todas as caminhadas são difíceis e há períodos de estagnação e até mesmo de retrocesso, mas há também um momento em que a evolução se dá. Quando pensar em desistir pense que a mudança pode estar logo ali, a um passo.

    - Olhe para a questão de outra perspectiva. Se está a atravessar uma situação problemática em que as soluções parecem não aparecer, procure olhar para a questão de um novo ângulo porque outras soluções irão aparecer.

    - Persista apenas mais um dia. Se de cada vez que pensar em desistir, adiar a decisão apenas mais um dia, pode acontecer que quando o desânimo passar a vontade de desistir também tenha desaparecido. No dia seguinte reanalise o que sente e, se for caso disso, reorganize-se internamente e, se chegar mesmo à conclusão ponderada que deve desistir, avance para outro projecto. O que não deve é desistir de si. Nunca!




    5 de abril de 2016

    4 factos sobre a depressão



    * A depressão tem tratamento

    * Uma em cada cinco pessoas tem depressão durante algum momento da sua vida

    * As mulheres têm duas vezes mais probabilidade de ter depressão do que os homens

    * A depressão distorce o seu pensamento


    4 de abril de 2016

    Real bodies



    Fomos finalmente ver a exposição Real Bodies que está na cordoaria nacional e só vos posso dizer que vale mesmo a pena. Não é propriamente barata mas é espectacular. Conhecer o corpo humano de forma tão pormenorizada e relembrar conhecimentos aprendidos há muito. O Miguel ficou fascinado e gostou das pequenas explicações que pedimos aos vários estudantes de medicina que por lá andam para nos ajudar. Se puderem não percam.


    29 de março de 2016

    Carta aberta a alguém



    Qual não foi o meu espanto quando ontem vi uma linda carta que me é dirigida.
    Primeiro fiquei na dúvida. Isto não é para mim. Ela está a ser um pouco injusta e está a dar-me muito dos atributos que ela sabe que não me pertencem.
    O cheiro da terra molhada, os grelos com chouriço, o cozido à portuguesa partilhado pelos dois, o vosso Sporting e os treinos aos sábados, só vossos. O valor das origens  a que ele dá tanta importância, a voz era a dele, que cantava nas viagens, com vocês. As idas à pesca…

    Também é dele a  importância do muito trabalhar para nada faltar aos seus. Pois no seu entender ,bem ou mal,  o bem estar que as coisas materiais trazem, dão felicidade e ele quer muito essa felicidade para vocês. Ainda agora, quando eu lhe digo para desistir, ele tem medo de o fazer, e acredita, é só por vocês.

    Também foi ele que te ensinou que é importante não esbanjar e temos de ter sempre o nosso pé de meia para qualquer imprevisto que possa aparecer.

    Com ele aprendeste o valor da honestidade, rectidão e justiça, que como bem dizes são a tua maior herança.
    Também não esqueças as vezes que o seu abraço silencioso te apertou e o seu coração muito chorou com a tua infelicidade.Talvez ele não saiba, como eu, manifestar as suas emoções, mas acredita que ninguém te ama mais que ele (só mesmo eu).

    Um homem tem de ser rijo e não pode fraquejar. Um homem não chora. Foi assim ensinado desde miúdo. No trabalho tem de ser cumpridor, não falhar e ser o melhor, nem que para isso não tenha tempo para a família. Mas nada lhes pode faltar em  termos materiais. E foi isso que ele fez toda a vida.
    Sempre se preocupou muito com vocês, a fim de que pudessem caminhar sozinhos, mas tinha de ser à sua maneira..Ele acha que fez tudo bem e não se arrepende de nada..Tenho  muita pena que a vossa relação, da qual cheguei a ter ciúmes, tenha chegado a este ponto.

    Agora os outros elogios,  tantos e lindos, apesar do exagero, deixaram-me como sempre muito emocionada e muito feliz.Eu, como tão bem me conheces, só penso com o coração e sou muita emoção. Isso não quer dizer que goste mais. É só diferente
    O meu colo, continuará, tal pastilha elástica, a confortar qualquer um que dele precise. Adoro quando deitam nele uma cabeça que eu amo. Beijinhos com dói-dóis ou sem eles estou sempre pronta a dar muitos e muitos e não só em dia de anos.O frio na barriga e a lágrima no olho é mesmo muita emoção. Agora já sabes como é. Há momentos,que não conseguimos evitar. Mas quando o momento passa, é pura alegria.

    Os filhos, como já aprendeste, são a nossa felicidade.Como tu dizes, o amor cresce, cresce e nunca tem fim. E assim vai ser, como dizia a avó, até sermos velhinhas.

    O que é ser feliz?  Eu sempre respondo… É quando os meus filhos estão felizes. Agora também já acrescento. E os netos.

    Mas, em alguns momentos, percebemos a nossa  falha como pais e sabemos que nossos filhos foram afetados por ela. Já não me sinto tão culpada, pois sei que tenho dois filhos que são pessoas boas e generosas, que continuam a trabalhar e se esforçam para alcançar os seus objetivos sem ferir ou maltratar ninguém.
    Têm  uns corações com muito Amor e isso, eu sei que contribui, o que me deixa muito feliz.

    A ti não tenho mais nada para te ensinar como Mulher e como Mãe. Se o mérito é meu nalguma coisa, então fiz um grandioso trabalho. Tens nota máxima.
    Quando fores vovó, aí sim, podes aprender muito comigo. Vamos ver se lhe passa o tempo dos cães e chega o tempo dos bebés. Espero que não demore muito.Vais ver o que é gostoso.

    Agora, com a idade, cada vez mais, tenho a certeza,que a felicidade está  nas coisas banais, que o bom e o importante da vida, são mesmo os abraços, as conversas, a família à volta da mesa, os silêncios, os aniversários, os jogos, os beijos e principalmente os filhos e os netos.

    Adoro as tuas cartas. Depois de as ler, sinto, que afinal não estou neste mundo sem um sentido. Nasci para ter esta família linda, de filhos e netos e poder dar-lhes todo o meu Amor.
    É o Amor que nos une, que será para toda a vida e para além dela e o vosso sorriso é o melhor presente para mim.
    É muito importante isto que temos entre nós. Ainda bem que consegui transmitir-te tanta coisa a que eu dou tanto valor. Afinal pode-se dizer:
    Quem sai aos seus...