13 de outubro de 2015

Auto-estima


Define-se pela avaliação positiva ou negativa  que faço de mim, o valor que me atribuo, é o gostar de mim. Essa avaliação não é sempre constante e varia consoante a fase de vida que atravesso, há alturas em que me adoro e outras em que me detesto e também todos os meios termos entre estes dois extremos.

A auto estima é uma relação de amor entre mim e eu próprio, com dias em que tudo corre de forma positiva nessa relação e outros em que tudo no outro me irrita, o seu próprio respirar e a sua existência dão-me náuseas. Como na relação amorosa, o importante é focar-se nos aspectos de que gosta, fomentar o diálogo interno, ouvir o "eu", ser honesta consigo, com os seus desejos, sonhos e medos, acreditar em si e trabalhar nessa relação numa base constante.

No fundo, a auto estima é o conjunto de crenças e opiniões que temos sobre nós, o valor que acreditamos ter ou não e o quanto achamos ser ou não capazes. Sendo assim, percebe-se que é algo muito importante para o bem estar psicológico. Uma baixa auto estima, dificulta a socialização, as relações interpessoais, o sentir prazer na vida e no quotidiano e é um factor universal na depressão. A pessoa deprimida percepciona-se como alguém sem valor e não consegue tirar prazer ou gratificação das actividades e relações do seu mundo.

Mas, então, porque é que algumas pessoas conseguem maior estabilidade emocional e outras não? O que é que têm aquelas que conseguem enfrentar as adversidades de forma saudável e o que é que falta às outras, as que desesperam e entram em sofrimento? As primeiras, conhecem-se, confiam em si e nas suas capacidades e superam-se face às situações negativas, enfrentam medos e ultrapassam-nos e controlam emoções. E o que permite esse controlo é, sem dúvida, o auto conhecimento. Como posso gostar de mim e confiar nas minhas capacidades se não me conheço? A maioria das pessoas pensa que se conhece, mas na verdade isso não acontece e é esse o grande desafio. 


3 comentários:

  1. Eu confesso que sofro um pouco desse mal e que reflicto sobre ele imensas vezes porque tenho receio de nunca me "descobrir" a mim mesma e a minha vocação. Ora me dedico à leitura e escrita, ora ao desporto, ora a maquilhagem e sinto que não sou boa em nenhuma das actividades. Outras vezes acho que penso demasiado nisso e acabo por não desfrutar de nada e/ou desmotivar, quando devia ter a atitude contrária.
    Mais um excelente texto, parabéns! :)
    Beijinhos

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    1. Elisabete, minha querida, o processo é mesmo esse, estás no caminho da auto descoberta, de experimentar imensas coisas para saberes o que gostas mais e mais te realiza. E, depois, há momentos de avanços e recuos,o nosso auto conhecimento e auto estima não são constantes ao longo da vida e ainda bem. Não te martirizes com dúvidas, vai aprofundando o teu mundo interior, aproveita a vida e sê feliz.

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    2. Obrigada minha querida. <3
      Um beijinho enorme. *

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