29 de outubro de 2015

Tristreza vs depressão


Estar triste não é o mesmo que estar deprimido.

A tristeza pode acontecer a qualquer pessoa, local  ou momento de vida e há sempre um motivo associado, motivo esse que é causa de pensamentos repetidos e contínuos. A pessoa sabe porque está triste e pensa nisso constantemente. É saudável e uma forma de adaptação psíquica a um acontecimento negativo e traumático até que seja integrado na realidade. Há oscilações na intensidade do sentimento e ocorrem melhorias, ainda que momentâneas, quando algo de bom acontece e é percepcionado dessa forma pela pessoa. Melhora com o passar do tempo, não se mantém por mais de um mês ou dois e não é motivo de grande preocupação já que se trata de um mecanismo adaptativo.

A depressão, por sua vez, é uma tristeza profunda, contínua, prolongada no tempo, sem motivo aparente e que não é atenuada mesmo quando algo de bom acontece na vida da pessoa. Sendo uma tristeza profunda e de grande intensidade podem ocorrer pensamentos suicidas. Pode ter associada um ou mais dos seguintes sintomas:
  • Apatia
  • Falta de motivação
  • Medos que antes não existiam
  • Dificuldade de concentração
  • Perda ou aumento de apetite
  • Alto grau de pessimismo
  • Indecisão
  • Insegurança
  • Insônia ou sono em excesso
  • Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas
  • Sensação de vazio
  • Irritabilidade
  • Raciocínio mais lento
  • Esquecimento
  • Ansiedade
  • Angustia.
E também alguns sintomas físicos sem causa aparente:
  • Dores de barriga
  • Má digestão
  • Azia
  • Constipação
  • Flatulência
  • Tensão na nuca e nos ombros
  • Dores de cabeça
  • Dores no corpo
  • Pressão no peito
A depressão é uma doença, reconhecida pela OMS e irá afectar uma em cada cinco pessoas numa qualquer altura da vida. É um distúrbio emocional, multifactorial, com alterações químicas a nível do cérebro do paciente, que se traduz numa diminuição da produção dos neurotransmissores entre eles a serotonina, noradrenalina e dopamina. Pode ser leve, moderada ou grave e tem de ser tratada por um profissional de saúde especializado para o efeito e competente. A família e a rede social de suporte são fundamentais no tratamento e devem empenhar-se nele não assumindo que o doente está deprimido porque quer ou que tem falta de força de vontade para lutar contra a doença.

Hoje em dia há várias outras abordagens menos tradicionais para o combate à depressão baseadas no exercício físico, alimentação, exercícios de relaxamento e visualização que estão a obter tão ou mais resultados do que o tratamento farmacológico convencional. O importante é escolher o que melhor se adapta a cada indivíduo e não baixar os braços.



27 de outubro de 2015

Detectando a dislexia


Uma criança com notas baixas e mau comportamento pode ter dislexia. Os pais e professores, quando em presença de maus alunos, normalmente consideram as crianças desinteressadas, preguiçosas, desleixadas e pouco trabalhadoras e, por vezes, essas notas e o mau comportamento apenas reflectem uma dificuldade real e mais comum do que se imagina. Em Portugal, a percentagem de crianças disléxicas é de 5,4 %, valor semelhante a outros países com as mesmas características que o nosso.

A dislexia não tem cura, tem uma forte componente hereditária e não está relacionada com nenhum transtorno psicológico, ao contrário do que muita gente pensa. O acompanhamento precoce feito por terapeutas da fala, psicólogos e psicopedagogos costuma garantir uma vida normal à criança embora exigindo sempre um maior esforço a nível da leitura e escrita.

Embora o diagnóstico seja relativamente simples de ser feito deve ser feito por profissionais competentes. No entanto, há alguns sinais que o podem pôr alerta acerca desta problemática. São eles:

1 - leitura lenta e pouco fluente
2 - erros ortográficos
3 -demora na construção de frases
4 - dificuldade em seguir ordens longas
5 - escrita em espelho
6 - dificuldade de concentração
7 - dificuldades com as noções espaciais e temporais

Se identifica alguns destes sintomas no seu educando, se calhar é melhor procurar ajuda para que seja feito um diagnóstico diferencial o mais cedo possível para que a intervenção multidisciplinar possa ser bem sucedida.


26 de outubro de 2015

Desafio


Não tenho muito jeito para este tipo de coisas, mas como fui nomeada pela querida Bárbara, do fantástico blogue vou brilhar até raiar,  não podia falhar.

Para cumprir o desafio temos de:
- responder às perguntas
-indicar alguns blogues para responder à TAG
- usar uma imagem para a TAG
- colocar o link de quem indicou

1 - Qual é o estilo de música preferido ? 
Esta é fácil. Brasileira, adoro a sonoridade da língua e as letras que normalmente acho lindas. 

2 - Qual é a peça de roupa preferida ? 
Jeans, de várias cores tamanhos e feitios

3 - Qual o calçado preferido ?
O que prefiro mesmo é andar descalça qual Gabriela, mas na impossibilidade disso acontecer, escolho chinelos no verão e botas no inverno

4 - Camisa ou camisola ? Calças ou calções ? 
Camisola, não sou grande adepta de camisas e calças, sempre.

5 - Cabelo estiloso ou tradicional ? Cabelo liso ou encaracolado ?
Gosto dele liso e tenho imensa pena de não o ter assim. Na verdade, parece uma juba indomável então com chuva... martírio dos martírios 

6- Brigadeiro ou gelado?
Gelado, de fruta, e a seguir brigadeiro ou vice versa porque, tal como na matemática, a ordem dos factores é indiferente.

7 - Doce ou salgado ? 
Não sou nada esquisita, de tudo um pouco.

8 - Como defines o teu estilo ? 
Conservador. Uso o que gosto e aquilo com que me sinto confortável seja ou não moda

9 - É o tipo de pessoa que consome bastante ou compra só o básico ?
Não me considero nada consumista, mas tenho um vicio por livros que não é nada barato

10 - Consideras-te vaidosa ?
Nem um pouco

Espero que tenham gostado. Eu diverti-me. 


22 de outubro de 2015

O poder da mudança

 
  
“Era uma vez duas rãs que caíram numa tigela de nata. Imediatamente começaram a afundar; era impossível nadar ou boiar naquela massa espessa como areia movediça. No começo, as duas mexiam as pernas tentando inutilmente chegar à borda do recipiente. Só conseguiam espirrar nata para todos os lados sem sair do lugar, afundando mais. Sentiam que era cada vez mais difícil respirar. Uma delas falou: – Não adianta. É impossível sair daqui. Não consigo nadar neste liquido pegajoso. Já que vou morrer mesmo, para quê prolongar a dor? Não vejo sentido em morrer extenuada por um esfo“Era uma vez duas rãs que caíram numa tigela de creme. Imediatamente começaram a afundar; era impossível nadar ou boiar naquela massa espessa como areia movediça. No começo, as duas mexiam as pernas tentando inutilmente chegar à borda do recipiente. Só conseguiam espirrar creme para todos os lados sem sair do lugar, afundando mais. Sentiam que era cada vez mais difícil respirar. Uma delas falou: – Não adianta. É impossível sair daqui. Não consigo nadar neste líquido pegajoso. Já que vou morrer mesmo, para que prolongar a dor? Não vejo sentido em morrer extenuada por um esforço inútil. Então ela parou de bater as pernas e afundou de vez, literalmente engolida pela massa branca. A outra rã, mais persistente, ou talvez mais teimosa, disse a si mesma: – Não tem jeito! Não dá para sair daqui. Porém, já que a morte está chegando, vou lutar até ficar sem fôlego. Não quero morrer nem um segundo sequer antes da hora.
Ela continuou batendo as pernas sem sair do lugar, sem avançar um centímetro, por horas a fio. E assim, depois de tanto mexer a massa, a nata virou manteiga. A rã, surpresa, deu um pulo e foi patinando até a borda da tigela. E saiu coaxando alegremente de volta para casa. ”  
Jorge Bucay 
Face às dificuldades podemos desistir ou persistir. A escolha é tua.
Que rã costumas ser?



20 de outubro de 2015

Reconstruir a relação


Como recuperar um casamento desgastado pela rotina em que um dos parceiros ou ambos se sente física e emocionalmente distante?
Como saber se uma relação terminou?
Em terapia aparecem casais que querem respostas rápidas a estas duas questões. Bem, meus amigos, como em muitas outras questões, a resposta é mais complexa do que pode parecer à primeira vista mas há algumas orientações, (meras orientações!), que vos posso deixar porque o importante é procurarem ajuda nesse processo quando decidem que o que querem é de facto reconstruir a relação.

 Toda a relação passa por períodos de crise e desejar que tal não aconteça é totalmente utópico. De repente, os elementos de um casal vêm-se em lugares opostos de um campo de batalha, cada um implicando cada vez mais com o outro. Podem chegar a tal ponto em que as características que antes eram engraçadas, actualmente são detestáveis e fonte de afastamento. Tudo o que o outro diz ou faz é de certeza para me irritar. o barulho à noite, na cama, é só para me atingir; o tom de voz que se altera e se torna mais acalorado é sentido como agressividade, o afastamento e o silêncio são desinteresse e conformismo; Tudo parece ser fonte de conflito e as pessoas ficam sem saber que fazer para sair de um ciclo vicioso que as controla e de repente os parceiros viram adversários e tudo, mesmo as coisas que não têm a mínima importância, são valorizadas e o confronto e as hostilidades permanentes.

Temos guerra e rebentam na relação misseis e torpedos. O casal não dá tréguas e o conflito agudiza-se. Soam tiros, não há cessar fogo e a arma de destruição maciça está prestes a ser utilizada por uma das partes para acabar de vez com o conflito. Se o casal não parar, não agir a tempo, se deixar que os combates prossigam, se continuar o ataque, provavelmente não sobreviverá.

Acredito convictamente que há sempre espaço para a reconstrução desde que ambos o desejem e se empenhem nesse objectivo. Com mais ou menos ajuda externa tudo é possível. Não é possível fazer com que uma pessoa ame outra, mas é possível ajudar a implementar algumas mudanças para ajudar a reconstrução, quando é isso que desejam.

No fundo, parece que tudo se baseia em 4 factores:
Amor
Respeito
Comunicação
Perdão

Foquem a vossa atenção no parceiro e na relação e procurem reforçar cada um dos quatros pilares anteriores através da recordação dos momentos iniciais de paixão e namoro, da lembrança das caracteristicas que vos fizeram apaixonar por aquela pessoa, da compreensão pelos medos e inseguranças do outro, da atenção aos seus valores e atitudes, do reforço da comunicação e, se calhar o mais importante de todos nesta fase, cultivar o perdão. Apenas com uma atitude conciliatória de não critica, não agressão e perdão é possível progredir.



16 de outubro de 2015

Nova paixão

 

Estou uma adepta fervorosa das aulas de bike, spinning, RPM ou como bem lhe quiserem chamar. No fundo, são aquelas aulas em que te reunes com mais meia dúzia de doidos, elas de leggings ou calções e eles com calções justos, reforçados nos fundilhos para proteger zonas de alta sensibilidade. Ambos de t-shirt, umas cavadas outras nem tanto, e alguns com ténis xpto, próprios da modalidade. Todos munidos de toalha e garrafa com água, dois objectos essenciais no decorrer da aula, e prontos para sofrer.
Entra o monitor e testa o som e o microfone enquanto as almas penadas esperam, ainda meio ensonadas, que o relógio marque as 7.00 da matina.
Há hora certa, entramos em fila indiana, tal e qual os meninos da escola, para uma sala circular com bicicletas estáticas colocadas frente a dois enormes écrans que a essa hora projectam já o filme de uma estrada, ora de alcatrão ora de terra batida, com a imagem de dois ou três ciclistas, homens, claro, que a percorrem aparentemente sem grande esforço.
 Ajustadas as bicicletas à altura de cada um, diminui-se a intensidade da luz e ouve-se o primeiro "Bom dia turma! Estamos numa aula de nível 3. Estão prontos? Vamos lá, deixa rolar."
 E aí vamos nós, atrás dos ciclistas do filme. Inicialmente, estamos todos sincronizados, pedalamos, sem resistência, logo, sem esforço, num ritmo calmo, de aquecimento. Passados os minutos iniciais ouvimos uma voz, ainda calma, a informar que por esta altura os nossos batimentos cardíacos devem estar nos 65%. É-nos explicado que iremos trabalhar numa escala de 0 a 10 de intensidade e que nesse momento devemos, idealmente, estar a sentir um seis e meio.
 Pronto, a partir daqui é a loucura total, são ajustes de carga, a chamada resistência, contínuos, sempre a aumentar, e as rotações ora a 110 "estamos a descer, minha gente, é velocidade nessa perna" ora a 90 " são três subidas de montanha, começa agora a primeira" ora a 65 porque a resistência está a um nível insuportável tanto para a perna que não consegue puxar mais como para o pulmão que se esforça por encontrar ar (nas alturas em que se consegue respirar) porque há outras em que já nem isso se consegue e apenas se arfa. O suor corre em bica e é aqui que entram em acção os tais dois objectos imprescindíveis - a toalha e a garrafinha de água - a roupa encharcada e o cabelo colado à cabeça.
Começam as caretas, cerrar de dentes e esgares de dor. Tudo vale para que se consiga aguentar outra subida que se inicia segundos depois da primeira ter terminado. Descanso nem vê-lo. Intensidade de dor de oito, oito e meio, nove  e continuamos a aumentar carga e a subir montanha. Por esta altura, aquela voz que nos dava instruções de inicio de forma calma, está já aos gritos, numa vã tentativa de nos manter motivados a continuar com aquele esforço sem fim à vista. O suor escorre, entra nos olhos, desliza pelo pescoço, ombros e costas, as pernas fervem do esforço exigido, o coração palpita desalmadamente numa tentativa de fazer chegar o oxigénio onde ele é preciso, às pernas, o cérebro momentaneamente privado desse néctar brinda-nos com tonturas e grita para termos juízo e pararmos. Ok. Concordamos e fazemos-lhe a vontade. "Muito bem, turma, alivia, normaliza a respiração, aproveita para beber água e vamos lá, começa de novo a carregar a perna, ajusta a carga e sobe". Hã? Como? Ainda nem tinha percebido que estávamos nos 15 segundos de intervalo e já vamos de novo iniciar o martírio das subidas e descidas e carga e aperta e ajusta e respira e solta os braços e endireita as costas, e levanta a cabeça, e respira, e aumenta resistência, e braços à frente, e braços ao lado, e  aumenta carga e sobe, e.. e.. meu deus, isto não acaba? Lá muito ao fundo consigo ouvir o Jorge a dizer "chegámos ao nove e meio, o meio restante guardamos para a próxima aula. alivia e deixa rolar, trava e desce". Devagarinho, muito a custo, deixo o selim e quando quero pôr as pernas no chão, elas cedem, tremem que nem gelatina, a força desapareceu. A verdade é que os 60 minutos de aula passam a correr e a sensação é boa demais. Quem tem força para olhar para a cara dos companheiros percebe que não há ninguém com ar fresco e composto, está toda a gente com cara de quem saiu de uma grande batalha. Mas a felicidade de termos conseguido, mais uma vez, é enorme. Quem consegue ainda diz bom dia, a maioria apenas abana a cabeça e vamos todos para o banho que o dia de trabalho vai começar.

P.S. O cansaço é tão grande quando saio que já é o segundo dia que visto a camisola do avesso. O Tico e o Teco, coitados, depois deste esforço intenso, nem pensam direito.


15 de outubro de 2015

Alguém percebe?



é tipo, ya, ...
é naquela meu ... sempre a curtir
ya, como eu ...
tás a ver...
tipo, sabia bem o que o man achava ,... 
ya bro, eu também ...

As conversas entre os nossos jovens são demasiado complexas para que o comum dos mortais as entendam. São inundadas por uma série de auxiliares desnecessários que dificultam a sua compreensão e parece que ninguém os informa do erro nem os corrige. Sou só eu que acha esta linguagem completamente descabida e sem sentido? Devo estar a ficar velha, só pode!


14 de outubro de 2015

Exercicio para trabalhar a auto-estima


Deixo aqui um pequeno exercício que se faz em dinâmica de grupo para aumentar a auto-estima dos participantes e fomentar a integração, mas que pode perfeitamente ser realizado por cada um de nós com esse mesmo objectivo.

- escrever o que quer da vida, seus objectivos e sonhos
- enumerar as suas qualidades e defeitos
- perceber o que pode melhorar de imediato e, depois, a longo prazo
- reflectir sobre o que está a fazer para atingir os objectivos listados no inicio



13 de outubro de 2015

Auto-estima


Define-se pela avaliação positiva ou negativa  que faço de mim, o valor que me atribuo, é o gostar de mim. Essa avaliação não é sempre constante e varia consoante a fase de vida que atravesso, há alturas em que me adoro e outras em que me detesto e também todos os meios termos entre estes dois extremos.

A auto estima é uma relação de amor entre mim e eu próprio, com dias em que tudo corre de forma positiva nessa relação e outros em que tudo no outro me irrita, o seu próprio respirar e a sua existência dão-me náuseas. Como na relação amorosa, o importante é focar-se nos aspectos de que gosta, fomentar o diálogo interno, ouvir o "eu", ser honesta consigo, com os seus desejos, sonhos e medos, acreditar em si e trabalhar nessa relação numa base constante.

No fundo, a auto estima é o conjunto de crenças e opiniões que temos sobre nós, o valor que acreditamos ter ou não e o quanto achamos ser ou não capazes. Sendo assim, percebe-se que é algo muito importante para o bem estar psicológico. Uma baixa auto estima, dificulta a socialização, as relações interpessoais, o sentir prazer na vida e no quotidiano e é um factor universal na depressão. A pessoa deprimida percepciona-se como alguém sem valor e não consegue tirar prazer ou gratificação das actividades e relações do seu mundo.

Mas, então, porque é que algumas pessoas conseguem maior estabilidade emocional e outras não? O que é que têm aquelas que conseguem enfrentar as adversidades de forma saudável e o que é que falta às outras, as que desesperam e entram em sofrimento? As primeiras, conhecem-se, confiam em si e nas suas capacidades e superam-se face às situações negativas, enfrentam medos e ultrapassam-nos e controlam emoções. E o que permite esse controlo é, sem dúvida, o auto conhecimento. Como posso gostar de mim e confiar nas minhas capacidades se não me conheço? A maioria das pessoas pensa que se conhece, mas na verdade isso não acontece e é esse o grande desafio. 


12 de outubro de 2015

Millôr Fernandes


Foi jornalista, escritor, dramaturgo, tradutor, cartoonista. Mas era, antes de mais, um humorista extraordinário. E um «frasista» genial. Eis algumas das suas frases e pensamentos.


- Acreditar que não acreditamos em nada é crer na crença do descrer.

- Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.

- As pessoas que falam muito mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.

- Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

- De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência.

- Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.

- Jamais diga uma mentira que não possa provar.

- Machão não come mel - come abelha.

- Não devemos resistir às tentações: elas podem não voltar.

- Numa vida média de 50 anos, 80 a 100 dias são empregados pelos homens só no ato de fazer a barba. Ignora-se o que as mulheres fazem com esse tempo.

- O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.

- O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris.

- A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

- Viver é desenhar sem borracha.


- Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.

- Os nossos amigos poderão não saber muitas coisas, mas sabem sempre o que fariam no nosso lugar.

- Metade da vida é estragada pelos pais. A outra metade, pelos filhos.

- Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice.

- Você está começando a ficar velho quando, depois de passar uma noite fora, tem que passar dois dias dentro.

- O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas.

- O mal de se tratar um inferior como igual é que ele logo se julga superior.

- Um homem começa a ficar velho quando já prefere andar só do que mal acompanhado.

- Ser pobre não é crime, mas ajuda muito a chegar lá.

- Pontual é alguém que resolveu esperar muito.

- Pode ser difícil encontrar agulha em palheiro. Mas não descalço.

- A gente só morre uma vez. Mas é para sempre.



9 de outubro de 2015


É tão fácil não gostar. Não querer. Não correr. Permanecer naquilo que já conhecemos. Que não nos surpreende. Saber de cor os dias. e ter as noites controladas. Ter o passo seguinte traçado e o caminho meio rabiscado. É tão simples prescindir e não lutar. É tão fácil querer viver no vazio. É simples esquecer sentir. Optar não tentar.
É tão parvo não gostar quando se gosta. É idiota não querer quando se quer. É estúpido não arriscar. É triste o medo ganhar.
É pequenino não querer ser grande.

- Rita Leston -

  
O conformismo pode ser cómodo mas não leva à felicidade plena. Ficar na zona de conforto e não arriscar, ser controlado pelo medo e não tentar é meio caminho andado para a desilusão e para o arrependimento no futuro. Quem não arrisca vive apenas pela metade.



8 de outubro de 2015

Alteração de hábitos

 

No inicio deste ano lectivo, o Miguel mudou de escola para uma mais perto de casa e isso permitiu-me alterar o horário de treino. Agora, acordo às 6.30 h, da manhã, , entro no ginásio às 7.00, treino, e às 8.30 vou buscá-lo para o levar à escola e começar o dia de trabalho. Tem sido bom, mesmo bom! Não sei como  será quando mudar a hora e começar o inverno, o frio e a chuva, mas até agora tem sido perfeito. É como tomar um shot de energia matinal.


7 de outubro de 2015

Aprender a ler

 

As aulas iniciaram-se há algumas semanas e cresce já a ansiedade nalguns pais porque os filhos que entraram agora no 1º ano ainda não sabem ler. Tenham calma! A aprendizagem da leitura, assim como muitas outras, é um processo que demora o seu tempo, que não é de todo padronizado e em que cada criança o apreende ao seu próprio ritmo.

Também nas escolas há diferenças e o processo de alfabetização não é igual em todas. Não tentem acelerar o que não deve ser acelerado. Há crianças mais rápidas que outras e isso não faz das outras mais ou menos inteligentes que as primeiras, apenas diferentes.

Veja estas 6 dicas para ajudar o seu filho a interessar-se pela leitura.

  • Evite demonstrar ansiedade
  • Estimule sem forçar e tente encontrar temas do interesse dele
  • Seja um modelo de leitor
  • Não faça comparações
  • Converse com o professor e tente perceber qual o método que ele usa
  • Seja um parceiro para o seu filho em todo este processo 

6 de outubro de 2015

Acabar com o papel de vitima



O psicólogo paulistano, nascido na Aclimação como Janderson Fernandes de Oliveira, entende que todos os problemas existenciais e da humanidade têm origem no fato de o ser humano transferir a responsabilidade pela sua felicidade para o outro e se colocar sempre como vítimas.

"Todas as crises têm origem em nós mesmos. Somos cocriadores do bem e do mal", afirma. "Nós, brasileiros, somos todos responsáveis pela corrupção e pela violência."

Prem Baba também elogia o papa Francisco, critica o fundamentalismo e a intolerância religiosa e fala da força destrutiva de sexo, dinheiro e poder. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Folha - Como um psicólogo que buscava respostas na ciência foi encontrá-las na religião?
Sri Prem Baba - Quando a psicologia vai fundo esbarra na esfera espiritual. Por que as pessoas têm tanta dificuldade para se relacionar? Por que precisam sofrer mesmo amando umas as outras? Tentei encontrar respostas no catolicismo, no kardecismo, no budismo, na umbanda. Cheguei a um beco sem saída, com direito a síndrome do pânico, depressão, ceticismo. Quando encontrei meu guia Maharajji [mestre de uma comunidade espiritual em Rishikesh, na Índia], me sentia em uma floresta escura, mas já não estava só.

Encontrou as respostas?
É conseguir amar sem querer nada em troca. Todos carregamos esse poder. Só que nos distanciamos disso devido a traumas, condicionamentos, humilhação, exclusão e dores. Meu grande questionamento é por que as pessoas não são capazes de criar relações saudáveis. A angústia da humanidade é querer se relacionar de forma positiva, mas não saber como.

O senhor descobriu?
Meu livro é um convite para uma reflexão profunda a respeito das relações humanas, especialmente das afetivas-sexuais. Enquanto não formos capazes de ser felizes no casamento, nós vamos dar passagem para filhos que também serão infelizes, ao reproduzirmos padrões destrutivos, sofrimento e ignorância. Uma sociedade baseada na cultura de paz e prosperidade precisa "ressignificar" o casamento, como espaço de respeito, transparência, amor, honestidade e autorresponsabilidade.

Se é tão problemático por que continuar casando?
Pela cultura, pela religião, por uma inconsciência coletiva. As pessoas são mecanicamente levadas a se casar e a ter filhos sem refletir para onde estão indo. Nossa educação tem destruído a humanidade. É focada na guerra, em como ganhar dinheiro e ter sucesso, mas não ensina como ser feliz. Os valores foram se perdendo e isso gera crises na economia, na política, no meio ambiente.

Depois de casar três vezes, o que aprendeu?
Todas as minhas relações foram maravilhosos instrumentos de aprendizado. Eu ainda culpava o outro pelas minhas dificuldades e pela incapacidade de amar e de ser feliz. Fui descobrindo que tinha aprendido a ser ciumento, possessivo, inseguro. Criança nasce amando, confiando. Aprende o contrário em casa. Temos que interromper esse ciclo vicioso de procriar a ignorância e a dor.

Recomenda o casamento?
Fui casado, namorei um monte. Agora, estou sozinho. Sinto que já vivi o que tinha para viver nessa área. Tirando todo o romantismo, relacionamento é universidade. Você só tira o diploma quando consegue deixar o outro livre até para não te amar se ele não puder ou não quiser.

Como mudar essa chave?
Temos um movimento chamado Awaken Love [Amor Desperto]. O objetivo é disseminar valores como honestidade, autorresponsabilidade, gentileza, dedicação e beleza. Estamos tentando tornar política pública um projeto para que escolas abram espaços para as crianças lidarem com sentimentos. Onde recebam o ensino secular, mas possam aprender valores que levem à cooperação, à não violência e à união.

A escola está preparada?
Estamos focados na figura dos educadores e fazendo mediação com as famílias. Muitas vezes, os pais se assustam com a sexualidade dos filhos. Assim como os professores. Até porque eles próprios não têm a sexualidade resolvida. E aí acabam repetindo traumas que sofreram na infância. Por isso, atuamos na educação, uma das maneiras de ressignificar as relações humanas.

Por que o Brasil é uma sociedade tão violenta?
O que a gente entende por violência e maldade são mecanismos de defesa criados para nos proteger das dores. Quanto maior a maldade e a violência, maior é a dor que a pessoa carrega. Precisamos tocar nessa dor.

Encarcerar jovens a partir de 16 anos resolve?
Crimes hediondos são uma realidade que precisa ser paralisada. Porém, é importante compreender que o encarceramento não vai resolver. Vai aumentar o problema. A dor, a revolta e a vingança vão aumentar. Temos que tratar a doença, a causa, não só o efeito e o sintoma.

A redução da maioridade penal é uma bomba-relógio?
Sim. A violência no Brasil se tornou endêmica, ao mesmo tempo que cultivamos a crença de que o mal mora somente no coração de criminosos, de pessoas de caráter duvidoso, de terroristas, mas nunca dentro de nós mesmos.

É criticar o político corrupto e sonegar impostos?
Exatamente. A gente tenta fugir dos problemas, assim como fugimos das dificuldades numa relação afetiva. Por que um jovem está dando passagem para uma violência? Por que se tornou moda no Rio matar a facadas? Isso precisa ser olhado de frente. Nosso trem saiu dos trilhos e estamos tentando resolver de fora para dentro.

Somos todos responsáveis pelas crises individuais e coletivas?
Todas as crises, assim como a violência e a corrupção, têm origem em nós mesmos. E a chave para curar tudo isso está dentro de nós também. O problema é a adição, o vício no sofrimento. Em algum momento, a energia vital, a própria sexualidade, acabou se casando com o sofrimento. Chamo isso de ciclo vicioso do sadomasoquismo.

Ninguém é vítima então?
Todos somos cocriadores de tudo, do bem e do mal. Percebo isso hoje na política, na crise moral, na Lava Jato. É óbvio que temos lideranças corruptas, mas é verdade também que somos coniventes. Só começamos a acordar agora.

Enxerga mudanças?
Sinto que tudo isso está fazendo com que o brasileiro assuma responsabilidades. Nós somos todos responsáveis pela corrupção, pela violência. Precisamos de mais consciência na hora de votar.

Adianta demonizar a política e os políticos?
O descrédito na política se deu por conta de uma crise ética. E ela tem base nas mesmas raízes da crise do casamento. Por que o corrupto faz o que faz? Por que ele rouba, engana, falsifica? Sexo, poder e dinheiro. Para dominar. No seu eu mais profundo, ele acredita ser inferior. Existe uma dor ali que não foi tratada nem compreendida. Por isso, estou tentando influenciar novos líderes. Não adianta querer resolver os problemas sociais e econômicos de fora para dentro.

Qual a consequência de não assumirmos nossas responsabilidades nesse todo?
Aí está uma das raízes da guerra. É o que faz com que uma pessoa acuse a outra, uma cidade acuse a outra, um país acuse o outro. Ninguém assume sua própria responsabilidade.

Sexo, poder e dinheiro são destrutivos?
São três forças que poderiam propiciar ascensão da humanidade, mas, por terem sido corrompidas, criaram a miséria humana. É usar o dinheiro para dominar o outro, para mostrar poder. Com o sexo é a mesma coisa.

Por que tanto uso de antidepressivos e medicamentos para dormir?
Li numa pesquisa que o segundo medicamento mais vendido no mundo é remédio para dormir. O primeiro, pílula anticoncepcional. Curiosíssimo. Aonde chegamos? Isso nos faz perceber o grau de sofrimento e dor do ser humano, que lhe impede de ter sono. As pessoas não desligam mais. Estão o tempo todo buscando saídas. A infelicidade se manifesta como ansiedade, depressão e falta de sentido da vida.

Estamos fugindo das dores, do luto?
Exatamente. Um dos caminhos para atravessar esse vale escuro, de sair de um velho para um novo casamento, é a disponibilidade de sentir, inclusive frustração e tristeza, sem tentar amortecer isso. A crise básica que permeia a vida humana é acreditar que a felicidade vem do outro. Se estamos sem dinheiro, trabalho, sozinho, a culpa é do outro, de Deus, do carma ou da macumba. Sempre fora de nós. Por isso, o autoconhecimento é chave para superar sofrimento e vícios destrutivos das relações.

O que acha dessa onda conservadora no país?
Tenho acompanhado coisas lamentáveis, como religiosos se opondo à homossexualidade em pleno século 21, campanhas a favor de encarceramento dos jovens, homofobia, intolerância religiosa. Estou trabalhando em um documentário que vai reunir lideranças religiosas do planeta a fim de encontrar aquilo que existe em comum nas religiões.

Quem vai participar?
Estamos tentando chegar ao papa Francisco e ao Dalai Lama. Chamamos um líder islâmico e outro hinduísta. Vamos dialogar com lideranças religiosas que não compactuam com violência em nome de Deus. Se gera destruição, morte e sofrimento não é divino.

Por que cresce o fundamentalismo?
Pelo desconhecimento das sombras da miséria humana. Existe fundamentalismo não só no islamismo, mas também no cristianismo, nas denominações cristãs, no hinduísmo, no judaísmo. Fanatismo é aceitar ou rechaçar sem questionar. Estão perdidos em um baile de mascaras, desconectados, carentes de afago e reconhecimento. A inconsciência vai reproduzindo cada vez mais inconsciência. O que aconteceu na Alemanha nazista acontece, em menor grau, o tempo todo em todos os lugares.

A banalidade do mal se espalhou?
Sim. É triste. Lamentável.

O que acha do papa Francisco?
Sou um grande admirador. Esse papa conquistou meu coração fazendo pontes, criando caminhos. Foi visitar o Obama e levou de presente um livro de Osho [filósofo indiano morto em 1990]. Um mestre espiritual que já criticou o catolicismo. Isso é sinal de abertura e maturidade [O papa ofereceu a Obama uma brochura de sua exortação apostólica "A Alegria do Evangelho" e dois medalhões. O livro de Osho foi divulgado pela Internet como um dos presentes, mas se tratava de brincadeira].

Por que tanta ignorância, estupidez e falta de amor no mundo?
A raiz da crise hoje –e que podemos dizer que se deve à ignorância- é espiritual. É o esquecimento da nossa verdadeira natureza. Nos esquecemos de quem somos, do que viemos fazer aqui, da razão real que nos faz acordar pela manhã. Qual é o propósito da nossa alma? Esse planeta não é um shopping center. Não é um lugar para ficar três dias, comprar coisas, casar, ter filho e ir embora. Precisamos acordar. A razão real de estar aqui é nos amarmos sem nos machucar nem machucar o outro.

A humanidade não deu certo?
Boa pergunta. Não sou fatalista nem pessimista. Sinto que essa crise global é uma grande possibilidade.

O senhor se definiu como uma pessoa simples. Por que chegou aqui em um utilitário da Mercedes-Benz?
Não é minha. Hoje, a pessoa que estava disponível para me trazer tem uma Mercedes. Mas já vim de Palio, Gol, Fox. Ou a pé. Amada, faço questão de responder essas questões. Sou sincero e transparente. Na Índia, moro num quarto. Assim como fico hospedado em palácio fico em uma cabana.

Esta entrevista faz-nos reflectir sobre vários aspectos do desenvolvimento humano e das relações. Porque é que ainda continuamos a responsabilizar os outros pela nossa infelicidade e nos custa tanto assumir a responsabilidade integral pela nossa vida, crescimento e felicidade? Se calhar os outros não têm assim tanta culpa...


5 de outubro de 2015

2 descobertas interessantes

 


"Os avanços na área da neurociência são fascinantes e o cérebro é, de facto, de uma complexidade sem paralelo. Vou partilhar com vocês dois tópicos que me impressionaram neste últimos tempos.

O primeiro relaciona-se com os correlatos neurais da adversidade precoce. No fundo, algo que nenhum “psiquiatra moderno” quer admitir, parece que o Freud lá tinha alguma razão na sua teoria… experiências traumáticas precoces (adversidades como falta de afeto, pobreza, elevado stress familiar) levam a uma reconfiguração permanente do cérebro, com alteração da expressão genética, que se mantém ao longo da vida e que perante futuros fatores de stress (por ex: desemprego, desilusão amorosa, consumo de substâncias) pode levar ao aparecimento de problemas de saúde mental. E isto é algo que se vê com técnicas muito avançadas de neuroimagem! Uma das coisas que Tallie Baram e os seus colegas da universidade da Califórnia descobriram é que os principais fatores que levam a esta vulnerabilidade acrescida são os comportamentos dos cuidadores imprevisíveis e fragmentados. Portanto para proteger o cérebro das nossas crianças é mesmo necessário que hajam rotinas e que haja tempo dos pais (cuidadores) para estar emocionalmente com os filhos. Só assim se pode evitar a imprevisibilidade e a fragmentação que podem levar a consequências severas no futuro.


Quando dizem que a culpa é da "mãe", talvez haja afinal alguma razão nisso.

O segundo relaciona-se com as evidências cada vez mais contundentes que a depressão não é apenas uma doença relacionada com disfunção dos neurotransmissores (por exemplo: a serotonina), mas que tudo aponta para que tenha um elevado componente inflamatório. Sim, esse mesmo mecanismo responsável pelos nossos sintomas quando estamos constipados ou que leva ao combate de uma infecção na pele, quando ocorre de forma desregulada pode ser responsável (através de vários mecanismos altamente complexos) por lesões de células neuronais em áreas chave. Verificou-se que as pessoas com mais resistência ao tratamento antidepressivo têm maiores níveis de marcadores inflamatórios... e isto poderá trazer uma abordagem totalmente diferente e inovadora do tratamento das depressões resistentes. Para além de explicar algo que se vê muito na prática clinica, que é a associação entre depressão e várias doenças autoimunes, assim como ajudar a explicar porque razão existem tantos sintomas “físicos” para algo que se passa no cérebro.


Já há muito tempo que percebi que o tratamento da depressão não passa pelos antidepressivos e que há outras formas de combate muito mais interessantes e vantajosas, nomeadamente a alimentação anti inflamatória (essencialmente crua e biológica) e o exercício físico. As mentalidades mudam, devagar, mas mudam!

E os passos que deres


"Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças..."

                                                      Miguel Torga

O começo do recomeço

 

Hoje é um bom dia para recomeçar. Voltei ao ginásio e a este cantinho. Tinha saudades de estar aqui. E vossas, muitas saudades vossas. Obrigada pelas inúmeras mensagens, telefonemas e mimos ao longo de todo este tempo. Sentir o vossa carinho foi bom demais.