29 de janeiro de 2015

Uma aventura no Parque das Nações

 

Entrei no ginásio sem grande disposição e a pensar em fazer um treino mais soft do que o costume. Doíam-me tremendamente os gémeos de ter estado em pé, de saltos altos, mais de oito horas e não ter tido grande noite de sono. Às vezes queremos e não nos apetece outras vezes queremos e não podemos. No meu caso, ontem, apareceram as duas condições em simultâneo. Não me apetecia nem podia grande coisa.

Desafiada pela minha querida PT que percebeu o estado anímico em que me encontrava, metemos pés à estrada e desatámos a correr, assim, sem mais nem menos, e sem nenhuma preparação psicológica para o efeito. Como sempre, duvidei do que seria capaz de dar e lamentei o facto de lhe ir estragar o treino mas, perante a insistência dela, fui. A Carlota tinha traçado como objectivo chegarmos a determinado ponto e esforcei-me para o alcançar, mas como é costume na menina, quando lá chegámos o objectivo andou um belos metros. Como que por magia. Raios da mulher que não sabe o que quer! Fico mesmo danada quando isso acontece.

Tínhamos corrido 14 minutos e o ar faltava-me no peito, a garganta secava e eu a inspirar qual peixe fora de água, um drama. Começámos a andar numa vã tentativa de recuperar o fôlego e a Carlota olhava para o relógio a cada segundo. (pelo menos era o que me parecia). Perguntei-lhe qual a pressa e a resposta não se fez esperar - cinco minutos de descanso e recomeçamos, é justo, não?

Sinceramente, não vi qualquer justiça na decisão unilateral mas como nem respirar conseguia a força para argumentar não era nenhuma. Ainda não tinham passado os ditos cinco minutos que me tinham sido prometidos (foi o que me pareceu, juro!) e a maldita mulher já saltitava alegremente a meu lado - vamos lá, está na hora!. As pernas resistiam a responder mas lá me meti a caminho.

Não sei quanto mais aguentei. Diria que largos minutos mas parece que no fim de contas não foram tantos como isso, uns míseros dez, foi o que consegui. Pedi misericórdia e andámos o resto do tempo de volta ao nosso destino para alongamentos e duche.

Conclusão - a minha forma física é péssima e o sonho de correr uma maratona antes de morrer parece na verdade uma fantasia.

Nota mental - Aquilo que parece natural em nós, correr, em mim não é. Aprendi que não sei correr, tenho de alongar a passada e levantar mais os joelhos. Diz que é para poupar esforço. Ufa, nada nesta vida se consegue à primeira!


2 comentários:

  1. O importante é mesmo não desistir, pouco a pouco o corpo começa a adaptar-se, a respiração melhora e não custa tanto, aposto que até chegar o Verão já corres pelo Parque das Nações como uma Queniana ;) Ter alguém a puxar por nós e a motivar é mesmo muito importante. Bjs e bom treino <3

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  2. Obrigada pela força, Mau Caminho, desde que tomei a decisão de mudar de vida em setembro passado tenho descoberto coisas maravilhosas sobre treinos, nutrição e limites. Adoro!

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