7 de outubro de 2014

O que fazer quando a vida foge ao nosso controlo


Já sentiram alguma vez que a vida vos tirou o tapete de baixo dos pés? Que estavam comodamente instalados na vida, no trabalho, no casamento, numa relação, com saúde e de repente tudo muda numa volta de 180 graus, que vos deixa desnorteados, sem terra onde pisar, sem saber o que fazer, o que pensar ou que atitude tomar? Pois é, esta é daquelas situações em que só há duas opções. ou já aconteceu ou está para acontecer.

Os acontecimentos são os mais diversos, perder um emprego, um amigo, um amor; adoecer com gravidade; uma guerra que obrigue a mudar de país e de vida; emigração, acidentes vários, sei lá, os exemplos são infinitos porque o que interessa não é tanto o acontecimento em si mas a forma como o sujeito o vivencia. As pessoas reagem de forma diferente a acontecimentos semelhantes e, aqui, o que nos interessa é perceber o que podemos fazer quando somos atingidos por algo que percepcionamos como catastrófico.

Se essa for a vossa situação actual, aqui fica o triplo A, receita que vos pode ajudar a começar a ultrapassar esse obstáculo indesejado que apareceu de repente na vossa vida.

  • Avaliar - É possível que lhe esteja a dar maior importância do que a que de facto tem? Embora num primeiro instante as coisas nos possam parecer terríveis, a verdade é que quando pensamos, melhor, quando reflectimos meticulosamente sobre o assunto  ou nos habituamos à ideia, verificamos que o que antes era terrível agora é apenas inconveniente ou aborrecido. Outra reflexão importante a fazer é medir quanto do seu tempo quer ou precisa dedicar à resolução desse problema

  •  Aceitar - Este passo define que devemos aceitar o que aconteceu, de forma muito pragmática, reconhecer que não podemos controlar tudo o que acontece, que não podemos mudar o passado, que há muitas coisas que dependem da vontade e do sentir de outras pessoas e que não podemos rebobinar a cassete da vida como fazemos nos filmes e mudar nada do que foi feito ou dito. Isto está muitas vezes relacionado com aquele sentimento tão nosso conhecido: "se eu tivesse feito assim ... ou assado... se não tivesse ido por aquela rua,  àquela hora... ou qualquer outra expressão semelhante...."

  • Agir - Agora que já percebeu que não pode controlar tudo e não vale a pena o desgaste mental e emocional de remoer ininterruptamente sobre uma eventual vingança, o que é que pode fazer? O que está nas suas mãos é traçar um objectivo e um plano de acção que lhe permita atingir o objectivo traçado, dividir esse plano em pequenos passos e deitar mãos à obra. É preciso que consiga deixar de lado por algum tempo a parte mais emocional e encarar o problema de forma mais racional. Quando sentir que o sentimento de surpresa e imprevisto já passou e está ao leme de novo, chegou a hora de lidar emocionalmente com o que lhe aconteceu.


4 comentários:

  1. A aceitação abre as portas da paz... Obrigada, Samy, por estes preciosos contributos...
    Um abraço, recheado de saudades e muito carinho. <3

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    1. Obrigada, minha querida Anabela, por me lembrares do que é de facto importante. Beijinhos

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  2. amei, apesar de a morte de alguém que amamos ser tb um grande choque , e nisso temos mesmo que chorar e fazer o luto como deve ser, mas amei as tuas lindas palavras tens mesmo muito jeito linda!
    beijinhos

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    1. Obrigada pelas tuas palavras. Volta sempre. Beijinhos

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