6 de outubro de 2014

Casamento Marta e Victor


Um mês depois do casamento da Eliana e Vitor, outro casamento, o da Marta e Victor.
Adorei a homilia do padre António Borges com uma bela metáfora: entregou aos noivos um saco de viagem, castanho, com pegas, em representação do casamento, e pediu-lhes que pegassem nele e o levassem até ao fim da igreja e voltassem. Antes de lhes dar o saco para as mãos, abriu-o e pediu aos noivos que espreitassem para o seu conteúdo.Toda a gente curiosa e espantada com a situação, completamente surpreendida, até os noivos, soubemos depois. Ao pedido do padre e ainda um pouco confusos, pegaram cada um numa pega, viraram-se de frente para a assembleia e começaram a andar devagarinho.
O vestido da noiva, (lindo!) tinha uma cauda enorme e dificultava que caminhassem com passo firme e rápido e várias vezes tiveram que parar para ajeitar a cauda que se embrulhava nos pés da noiva. Lá foram andando, devagar até ao fim da igreja. Aí chegados, viraram-se e fizeram o caminho de volta com as mesmas dificuldades mas decididos a cumprir a tarefa proposta.
De novo perante o padre, este pediu-lhes que respondessem a algumas questões sobre o matrimónio e perguntou-lhes:
  • Se tinha sido fácil fazer o percurso com o matrimónio (leia-se, saco de viagem).  Não, tiveram que ultrapassar alguns obstáculos; 
  • Se tinham estado sempre a olhar um para o outro. Não, tiveram que ultrapassar as dificuldades criadas pela corredor apertado e a cauda do vestido e isso fez com que tivessem que olhar também para outras coisas.
  • Se tinham largado o matrimónio quando surgiram os obstáculos. Não, nunca o largaram;
  • Se em algum momento um ou outro carregou mais peso na sua pega. Sim, tiveram que compensar o que estava mais cansado ou com mais dificuldade;
  • Se a família e os amigos sabiam o que estava no interior do matrimónio. Não, só eles tinham visto o seu interior.
 Após este dialogo, o padre  concluiu  que o matrimónio, tal como o transporte do saco naquele dia, não seria sempre fácil, teriam que se debater com dificuldades e obstáculos mas que juntos, compensando-se mutuamente sempre que um estivesse com menos força e não desistindo perante nada, seriam capazes de levar o seu propósito até ao fim. Por último, alertou-os para a necessidade de preservarem a sua intimidade perante o mundo porque o matrimónio é sagrado e deve ser vivido apenas a dois.
 Achei linda esta metáfora e uma forma bem diferente de falar sobre o casamento, as suas dificuldades e o quanto o casal será sempre mais forte se se unirem e lutarem por um mesmo objectivo em vez de o fazerem em separado.Ma-ra-vi-lho-so!
Seguiu-se o tradicional copo de água e uma festa de arromba que durou até de madrugada.

Parabéns Marta e Victor, sejam felizes!



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